Professor: Pr. Antônio Neto
Introdução
De vez em quando na cultura geral o assunto de
anjos ganha certa popularidade. Aparecem
em filmes, novelas, e inúmeros livros--estes escritos por autores de todo tipo de
crença. Nas artes plásticas, anjos são
representados de diversas formas: bebês gordos e nus, mulheres bonitas equipadas
com asas, ou homens vestidos de branco, sentados em cima de nuvens, tocando
harpas.
Felizmente, a Bíblia conta inúmeras
referências a anjos, e através destas podemos chegar a um entendimento correto e
bíblico sobre quem são os anjos, e o que fazem.
Quem
São os Anjos
A Bíblia é clara quanto ao fato de que os
anjos são seres criados por Deus (Colossenses 1:16). Provavelmente foram criados antes dos eventos
de Gênesis 1 (Jó 38:6-7). São pessoas com intelecto (I Pedro 1:12), emoções
(Lucas 15:10) e vontade (Judas 6). São imortais (Lucas 20:36), poderosos
(II Pedro 2:11),
e inumeráveis (Hebreus 12:22).
Não se casam entre si (Mateus 22:30), e, apesar de não possuírem
sexualidade, sempre são referidos no masculino. Os anjos, portanto, não são uma
raça, mas uma companhia, ou seja, foram criados individualmente.
Através de relatos na Bíblia, percebemos certa
hierarquia entre os anjos. São classificados como arcanjo (Miguel, I Tessalonicenses
4:16), querubins (Gênesis
3:22-24) e serafins (Isaías 6:1-3).
O nome "anjo" significa mensageiro, e
na Bíblia encontramos anjos exercendo esta função (Atos 27:23). Também funcionam
como "agentes" de Deus no serviço do crente (Atos 12:7), às vezes o
protegendo dos seus inimigos (II Reis 6:15-17).
Os
Anjos Maus
A Bíblia afirma a existência de um grupo de
espíritos malignos que atuam sob a liderança de Satanás (Mateus 12:24). Eles
são chamados de demônios (Mt 8:31), espíritos imundos (Mt 8:16) ou malignos (Lc
7:21).
Hoje os demônios se opõem ao Evangelho (Tiago 3:13-16, I Timóteo 4:1). Às vezes, uma pessoa descrente pode chegar a
ser possuída por um demônio (Atos 5:16).
Importante:
Um crente, habitado pelo Espírito Santo, jamais pode ser possuído por um demônio
(II Timóteo 1:7).
Satanás
O nosso grande inimigo, Satanás, foi um ser
criado para a glória de Deus. Por
profecias encontradas em Isaías 14 e Ezequiel 28, entendemos que ele servia a Deus
numa posição de honra, mas que se rebelou contra seu Criador.
Satanás continua sua rebelião contra Deus até
hoje, e seu alvo é a criação mais amada por Deus--o ser humano. Antes da
conversão de um homem, Satanás cega a mente (II Coríntios 4:4), procura tirar a
"semente" da palavra (Lucas 8:12), e se opõe ao Evangelho (Atos
13:4-12).
E mesmo que uma pessoa se converta, Satanás
continua ativo. Ele tenta o crente (Atos
5:3), o acusa diante de Deus e dele mesmo (Apocalipse 12:10), impede
os seus esforços
(I Tessalonicenses 2:18), e promove perseguição (Apocalipse 2:10).
Diante disto, o crente deve enfrentar a batalha
contra Satanás com sobriedade (I Pedro 5:8), reconhecendo a sua estratégia (II
Coríntios 02:11). Não devemos dar lugar ao diabo (Efésios 4:26-27), mas devemos resisti-lo (Tiago 4:7), nos revestindo da
armadura de Deus
(Efésios 6:10-18).
Também devemos lembrar que estamos tratando de
um inimigo derrotado pela obra de Cristo na cruz (Genesis 3:15, João 12:31,
16:11).
A
Atitude dos Crentes Quanto aos Anjos
Diante de muita informação enganosa a cerca dos
anjos, cabe ao crente ter um pensamento equilibrado, biblicamente informado,
neste assunto.
Quanto
aos anjos bons devemos agradecer a Deus pelo seu trabalho, mas não desviar o nosso
olhar de Cristo. De fato, nenhum anjo que seja servo do Deus vivo vai procurar
desviar os nossos olhos de Jesus.
E devemos reconhecer que uma das táticas do
inimigo é de se disfarçar de anjo da luz (II Coríntios 11:14), para
poder enganar o
povo. Por isso que a Palavra nos
adverte que não devemos aceitar outra doutrina, mesmo sendo nos entregue por anjos
(Gálatas 1:8).
A Bíblia, em momento algum, ensina que o
crente deve procurar contato com os anjos, sejam bons ou maus.
Quanto
aos anjos maus, devemos agir com sobriedade, mas não com temor (II Timóteo 1:7)
nem com exagero. Nossa confissão diz o seguinte sobre o exorcismo: “Entendemos que o exorcismo, a prática de
expulsar demônios, não deve ser cultivada, pois fazia parte dos sinais que
autenticavam os apóstolos” (pag. 8).
Desta
forma rejeitamos
A
doutrina da Batalha Espiritual, que afirma que tudo de ruim que ocorre sobre o
crente é obra demoníaca que precisa ser cancelada.
A
ênfase no exorcismo como meio de libertação e santificação. Entendemos que é
por meio da Palavra de Deus que somos libertos do pecado e crescemos em
santidade.
Perguntas
1.
Qual é a origem dos anjos?
2.
Qual é a origem de Satanás?
3.
Quais são algumas atividades dos anjos bons?
4.
Quais são algumas atividades dos demônios?
5. É
possível um crente ser possuído por um demônio?
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