Professor: Pr Antônio Neto

Introdução
 Sem dúvida, a pessoa mais marcante na história do mundo é Jesus Cristo.  Um terço da população do mundo hoje se diz seguidor dEle.  Seus ensinos tem sido espalhado pelo mundo inteiro.  Até o próprio tempo é dividido em duas épocas: aC (antes de Cristo) e dC (depois de Cristo).  Nenhuma outra pessoa tem influenciado tanta gente quanto Jesus Cristo.
 E com tudo isso, a pessoa de Jesus Cristo--sua identidade, suas obras, seus ensinamentos--tem sido motivo de controvérsia desde os dias em que Ele andou na terra.  Muitas pessoas que afirmam crer em Deus não querem nada com Jesus.  Tentam menosprezar, ou até mesmo ignorar, suas palavras.
 Mas Jesus não será ignorado, e o homem moderno continua tendo que deparar com a centralidade de Jesus--ou rejeitando-o, ou recebendo-o em fé.
 Seria possível escrever volumes quanto a Jesus--sua pessoa, suas obras.  Pelos propósitos deste módulo, porém, iremos nos limitar a quatro áreas de estudo: divindade, humanidade, morte e ressurreição, e obras atuais.

Jesus Cristo é Deus
 Esta afirmação forma uma das bases chaves do cristianismo, e nos separa de outros grupos que falam "coisas boas" sobre Jesus.  É essencial que sejamos claros e bem informados neste assunto crucial.  Como, então, defender a divindade de Cristo?  A Bíblia--que é a nossa única fonte confiável sobre Jesus--apresenta provas claras e variadas de que Cristo é, de fato, Deus.
 A princípio, fica claro que Jesus apresenta atributos que só podem ser divinos, por exemplo Ele é onisciente (Mateus 2:6-8, João 2:25) e onipresente (João 1:48).  Além disto, nos evangelhos Cristo repetidamente faz atividades que pertencem somente a Deus.  Ele perdoa pecados (Marcos 2:9-11), Ele ressuscita os mortos (João 5:25), Ele enviou o Espírito Santo (João 15:26).  Além destas coisas, Jesus controla os elementos da natureza e recebe adoração dos homens (Mateus 14:31-33). 
 Talvez a prova mais forte da divindade de Cristo seja suas próprias afirmações ao seu respeito (João 8:58-59).  Aquele que afirmam que Jesus era um "bom homem" mas não Deus, tem que deparar com estas passagens.  Se Cristo não é Deus, então é mentiroso, e logo, não pode ser considerado um bom homem.

Jesus Cristo é Homem
 A Bíblia deixa claro que Jesus nasceu de uma virgem (Mateus 1:23), sendo antes concebido do Espírito Santo (Lucas 1:35).  Assim Cristo é filho de Maria, mas não de José (Mateus 1:16). 
 Sendo humano, ele apresenta as características de um homem: ficou cansado (João 4:6), teve fome (Mateus 4:2) e sede (João 19:28).  Ele possui um corpo humano (I João 1:1) e teve um desenvolvimento físico normal (Lucas 2:40). 
 Sendo Deus, Cristo abriu mão do uso independente dos seus atributos divinos (Filipenses 2:5-8), se submetendo ao Pai (João 6:39) e dependendo do Espírito Santo (Atos 10:38).  Este "auto esvaziamento" é chamado pelo termo grego kenosis.
 É importante enfatizar, no entanto, que, mesmo sendo homem, e mesmo sendo tentado da mesma forma que os homens, Jesus Cristo era sem pecado (Hebreus 4:15). 
 A final das contas…Jesus é homem ou Deus?  Pela Bíblia, vemos que a resposta desta pergunta é um enfático sim.  Esta junção do divino e humano é chamado pelos teólogos de "união hipostática", ou seja, Jesus Cristo é 100% Deus e 100% homem.  Em Cristo a humanidade perfeita e a divindade completa são unidas na mesma pessoa para sempre.

A Morte e a Ressurreição de Cristo
 A morte de Cristo na cruz não foi um acidente, nem representa uma derrota no ministério de Cristo.  Entendemos que ela foi decretada desde a eternidade passada (Apocalipse 13:8), e que foi necessária para satisfazer a justiça de Deus (Romanos 3:25, 6:23).  Pela sua morte Cristo nos substituiu (Mateus 20:28), nos redimiu (I Pedro 1:18-19), nos reconciliou com o Pai (II Coríntios 5:20), e fez a expiação (Hebreus 9:21-22) e a propiciação (I João 2:2) dos nossos pecados.
 E a grande notícia é que Jesus não permaneceu morto.  Depois de três dias, ele ressuscitou da morte.  Existem várias provas deste fato inédito na história da humanidade, entre eles o túmulo vazio (Mateus 28:6), a mudança na vida do Pedro e os outros discípulos (Atos 2), e a mudança no dia da adoração (Atos 20:7).  O fato da ressurreição é fundamental para a nossa fé, pois é o que nos dá certeza da nossa ressurreição futura (I Coríntios 15:12-20).

O Que Cristo Faz Agora
 Depois de sua ascensão ao céu (Atos 1:9), Jesus continua ativo.  Ele intercede pelos crentes (Hebreus 7:25), edifica (Mateus 16:18) e capacita (Efésios 1:19-20) a Igreja, habita no crente (Gálatas 2:20), e está preparando uma habitação para nós, junta com Ele (João 14:2).

Perguntas
1. Quais são algumas provas bíblicas que Jesus Cristo é Deus?
2. Quais são algumas evidências que Cristo ressuscitou da morte?
3. Qual a porcentagem de Jesus que é Deus, e qual a porcentagem que é homem?
4. Porque Cristo teve que morrer?
5. Porque a ressurreição de Cristo é importante para nós?

Estudo 3: O Que Cremos Sobre Jesus



Professor: Pr Antônio Neto

Introdução
 Sem dúvida, a pessoa mais marcante na história do mundo é Jesus Cristo.  Um terço da população do mundo hoje se diz seguidor dEle.  Seus ensinos tem sido espalhado pelo mundo inteiro.  Até o próprio tempo é dividido em duas épocas: aC (antes de Cristo) e dC (depois de Cristo).  Nenhuma outra pessoa tem influenciado tanta gente quanto Jesus Cristo.
 E com tudo isso, a pessoa de Jesus Cristo--sua identidade, suas obras, seus ensinamentos--tem sido motivo de controvérsia desde os dias em que Ele andou na terra.  Muitas pessoas que afirmam crer em Deus não querem nada com Jesus.  Tentam menosprezar, ou até mesmo ignorar, suas palavras.
 Mas Jesus não será ignorado, e o homem moderno continua tendo que deparar com a centralidade de Jesus--ou rejeitando-o, ou recebendo-o em fé.
 Seria possível escrever volumes quanto a Jesus--sua pessoa, suas obras.  Pelos propósitos deste módulo, porém, iremos nos limitar a quatro áreas de estudo: divindade, humanidade, morte e ressurreição, e obras atuais.

Jesus Cristo é Deus
 Esta afirmação forma uma das bases chaves do cristianismo, e nos separa de outros grupos que falam "coisas boas" sobre Jesus.  É essencial que sejamos claros e bem informados neste assunto crucial.  Como, então, defender a divindade de Cristo?  A Bíblia--que é a nossa única fonte confiável sobre Jesus--apresenta provas claras e variadas de que Cristo é, de fato, Deus.
 A princípio, fica claro que Jesus apresenta atributos que só podem ser divinos, por exemplo Ele é onisciente (Mateus 2:6-8, João 2:25) e onipresente (João 1:48).  Além disto, nos evangelhos Cristo repetidamente faz atividades que pertencem somente a Deus.  Ele perdoa pecados (Marcos 2:9-11), Ele ressuscita os mortos (João 5:25), Ele enviou o Espírito Santo (João 15:26).  Além destas coisas, Jesus controla os elementos da natureza e recebe adoração dos homens (Mateus 14:31-33). 
 Talvez a prova mais forte da divindade de Cristo seja suas próprias afirmações ao seu respeito (João 8:58-59).  Aquele que afirmam que Jesus era um "bom homem" mas não Deus, tem que deparar com estas passagens.  Se Cristo não é Deus, então é mentiroso, e logo, não pode ser considerado um bom homem.

Jesus Cristo é Homem
 A Bíblia deixa claro que Jesus nasceu de uma virgem (Mateus 1:23), sendo antes concebido do Espírito Santo (Lucas 1:35).  Assim Cristo é filho de Maria, mas não de José (Mateus 1:16). 
 Sendo humano, ele apresenta as características de um homem: ficou cansado (João 4:6), teve fome (Mateus 4:2) e sede (João 19:28).  Ele possui um corpo humano (I João 1:1) e teve um desenvolvimento físico normal (Lucas 2:40). 
 Sendo Deus, Cristo abriu mão do uso independente dos seus atributos divinos (Filipenses 2:5-8), se submetendo ao Pai (João 6:39) e dependendo do Espírito Santo (Atos 10:38).  Este "auto esvaziamento" é chamado pelo termo grego kenosis.
 É importante enfatizar, no entanto, que, mesmo sendo homem, e mesmo sendo tentado da mesma forma que os homens, Jesus Cristo era sem pecado (Hebreus 4:15). 
 A final das contas…Jesus é homem ou Deus?  Pela Bíblia, vemos que a resposta desta pergunta é um enfático sim.  Esta junção do divino e humano é chamado pelos teólogos de "união hipostática", ou seja, Jesus Cristo é 100% Deus e 100% homem.  Em Cristo a humanidade perfeita e a divindade completa são unidas na mesma pessoa para sempre.

A Morte e a Ressurreição de Cristo
 A morte de Cristo na cruz não foi um acidente, nem representa uma derrota no ministério de Cristo.  Entendemos que ela foi decretada desde a eternidade passada (Apocalipse 13:8), e que foi necessária para satisfazer a justiça de Deus (Romanos 3:25, 6:23).  Pela sua morte Cristo nos substituiu (Mateus 20:28), nos redimiu (I Pedro 1:18-19), nos reconciliou com o Pai (II Coríntios 5:20), e fez a expiação (Hebreus 9:21-22) e a propiciação (I João 2:2) dos nossos pecados.
 E a grande notícia é que Jesus não permaneceu morto.  Depois de três dias, ele ressuscitou da morte.  Existem várias provas deste fato inédito na história da humanidade, entre eles o túmulo vazio (Mateus 28:6), a mudança na vida do Pedro e os outros discípulos (Atos 2), e a mudança no dia da adoração (Atos 20:7).  O fato da ressurreição é fundamental para a nossa fé, pois é o que nos dá certeza da nossa ressurreição futura (I Coríntios 15:12-20).

O Que Cristo Faz Agora
 Depois de sua ascensão ao céu (Atos 1:9), Jesus continua ativo.  Ele intercede pelos crentes (Hebreus 7:25), edifica (Mateus 16:18) e capacita (Efésios 1:19-20) a Igreja, habita no crente (Gálatas 2:20), e está preparando uma habitação para nós, junta com Ele (João 14:2).

Perguntas
1. Quais são algumas provas bíblicas que Jesus Cristo é Deus?
2. Quais são algumas evidências que Cristo ressuscitou da morte?
3. Qual a porcentagem de Jesus que é Deus, e qual a porcentagem que é homem?
4. Porque Cristo teve que morrer?
5. Porque a ressurreição de Cristo é importante para nós?

Estudo 2: O Que Cremos Sobre Deus


A crença na existência de Deus é fundamental para o cristianismo. Dificilmente alguém que negue a existência de Deus poderá ser chamado de “cristão”. Porém, dentro do cristianismo, existem diferenças de opinião sobre a pessoa, natureza, caráter e obra de Deus.

Como afirmamos que a bíblia é nossa “única regra de fé e prática” (veja o estudo 1 dessa série), é logico que buscaremos na Palavra de Deus Sua revelação sobre Ele mesmo.

Este estudo irá abordar o assunto de Deus em três partes: a existência de Deus, os atributos de Deus e as obras de Deus.


A Existência de Deus

É um fato revelador que a Bíblia não gasta muito tempo apresentando evidências para a existência de Deus. É tido como algo evidente para quem tem olhos e entendimento. Quem afirma que Deus não existe é chamado de “néscio”.

Esta incredulidade tomou muitas formas. O ateu crê que não existe Deus. O agnóstico nega a possibilidade de ter certeza de Sua existência. O dualista reduz o Deus eterno a uma “força” impessoal que tem um lado bom, e um lado mau. O panteísta confunde Deus com sua criação (Romanos 1:23). O deísta, embora firmando a existência de Deus, ensina que Ele não é mais ativo nos assuntos dos homens. E, mais recentemente, os teólogos do teísmo aberto atribuem a Deus erros, imperfeições e fraquezas.

Na face destes erros graves, a Bíblia apresenta um retrato consistente e unificado quanto a existência de Deus. E, além da enfática afirmação da Palavra de Deus, a sua existência pode ser vista de várias formas externas. Por exemplo: o universo apresenta uma ordem e complexidade que só podia ser produto de um ser inteligente. Os homens possuem um código moral (sentido de certo e errado) universal, e um intuito de adorar a algum deus. A história revela um propósito e progressão, mostrando que Alguém está no controle de seus eventos.


Os Atributos de Deus

Se não houvesse Deus, não haveria ateus” G.K.Chesterton

Uma vez tendo certeza de que Deus existe, é essencial para o homem saber como é esse Deus. Chamamos aquelas características de Deus que o definem de “atributos”.

Será impossível tratar, de forma completa, de todos os atributos de Deus neste curso. Portanto, iremos ver alguns dos Seus atributos mais conhecidos.

Os teólogos têm dividido os atributos de Deus de várias maneiras. Para os propósitos deste estudo, trataremos de três categorias maiores: a trindade, atributos de grandeza, e atributos de bondade.


Trindade

A Bíblia afirma que existe um só Deus (Deut.6:4), e afirma também que este único Deus existe eternamente em três pessoas: Deus Pai, Deus Filho e Deus o Espírito Santo (Mateus 3:16-17, Lucas 1:35). Estas três pessoas da trindade são iguais em sua essência (João 10:30, Atos 5:3-4), e diferentes em suas funções (Gálatas 4:4, João 14:28-31, 16:7-8).

No final das contas, é impossível a mente humana compreender por completo a doutrina da trindade. Cabe a nós a aceitarmos pela fé, pois é claramente ensinada pelas Sagradas Escrituras.


Atributos de Grandeza

Os atributos de grandeza são aqueles que fazem uma distinção enorme entre Deus e o homem. Seguem alguns destes atributos, com suas definições:

* Espiritualidade: Deus é espirito e não se limita a um corpo humano (João 4:24).

* Personalidade: Deus possui um intelecto (Salmo 147:5), emoções (Salmo 78:40), e vontade própria (João 1:13).

* Vida: Deus é auto existente, não sendo criado por ninguém (João 5:26).

* Onipresença: Deus está em todos os lugares ao mesmo tempo (Salmo 139:7-10).

* Onisciência: Deus sabe de todas as coisas (Provérbios 15:3).

* Onipotência: Deus é todo-poderoso (Jeremias 32:17).

* Soberania: Deus está no controle de todas as coisas (Daniel 4:35).

* Imutabilidade: Deus é constante, não muda (Malaquias 3:6).


Atributos de Bondade

Estes atributos enfatizam a pureza e retidão do caráter de Deus.

* Santidade: Deus é separado completamente do pecado e absolutamente puro (Salmos 99:9).

* Justiça: Todas as ações de Deus são corretas, sem acepção de pessoas.

* Integridade: Deus é a verdade, e Ele fala e pratica somente a verdade (João 17:3).

* Amor: Deus busca o maior bem das pessoas que Ele ama (1 João 4:8).

* Graça: Deus distribui favor aqueles que não merecem (Efésios 1:7).

* Misericórdia: Deus não dispensa o juízo merecido pelo homem pecador (Tito 3:5).


As Obras de Deus

Tua é, ó Senhor, a grandeza, e o poder, e a glória, e a vitória, e a majestade, porque teu é tudo quanto há na terra; teu é, ó Senhor, o reino, e tu te exaltaste como chefe sobre todos.” 1Crônicas 29:11

Deus está ativo no universo, e na vida dos seres humanos. Ele criou o universo e tudo que existe (Gênesis 1:1), e ele o mantém pelo poder da Sua mão (Colossenses 1:17).

Todas as coisas acontecem imutável e infalivelmente, de maneira que nada sucede por acaso ou fora da providência de Deus. Deus faz uso de meios em sua providência, mas é livre para operar sem, acima de, e contra os meios ordinários, segundo bem entenda. (Atos 2:23).


Conclusão

De todo o conhecimento que adquirimos no decorrer de nossas vidas, o conhecimento de Deus é, por longe, o mais importante. A consciência que existe um Deus, e a noção que Ele é um Deus poderoso, santo e justo deve ter um impacto profundo em nossas vidas.


Perguntas

1 – De onde vem nosso conhecimento de Deus?

2 – Quais são algumas provas que você iria apresentar se alguém falasse que não acreditava em Deus?

3 – Quais são as funções dos três membros da trindade?

4 – O que quer dizer quando aformamos que Deus é “soberano”?


Leitura Recomendada

Conhecimento de Deus por J. I. Packer
Em Busca de Deus por John Piper
Os Atributos de Deus por A. W. Pink

O Que Cremos Sobre Deus

Estudo 2: O Que Cremos Sobre Deus


A crença na existência de Deus é fundamental para o cristianismo. Dificilmente alguém que negue a existência de Deus poderá ser chamado de “cristão”. Porém, dentro do cristianismo, existem diferenças de opinião sobre a pessoa, natureza, caráter e obra de Deus.

Como afirmamos que a bíblia é nossa “única regra de fé e prática” (veja o estudo 1 dessa série), é logico que buscaremos na Palavra de Deus Sua revelação sobre Ele mesmo.

Este estudo irá abordar o assunto de Deus em três partes: a existência de Deus, os atributos de Deus e as obras de Deus.


A Existência de Deus

É um fato revelador que a Bíblia não gasta muito tempo apresentando evidências para a existência de Deus. É tido como algo evidente para quem tem olhos e entendimento. Quem afirma que Deus não existe é chamado de “néscio”.

Esta incredulidade tomou muitas formas. O ateu crê que não existe Deus. O agnóstico nega a possibilidade de ter certeza de Sua existência. O dualista reduz o Deus eterno a uma “força” impessoal que tem um lado bom, e um lado mau. O panteísta confunde Deus com sua criação (Romanos 1:23). O deísta, embora firmando a existência de Deus, ensina que Ele não é mais ativo nos assuntos dos homens. E, mais recentemente, os teólogos do teísmo aberto atribuem a Deus erros, imperfeições e fraquezas.

Na face destes erros graves, a Bíblia apresenta um retrato consistente e unificado quanto a existência de Deus. E, além da enfática afirmação da Palavra de Deus, a sua existência pode ser vista de várias formas externas. Por exemplo: o universo apresenta uma ordem e complexidade que só podia ser produto de um ser inteligente. Os homens possuem um código moral (sentido de certo e errado) universal, e um intuito de adorar a algum deus. A história revela um propósito e progressão, mostrando que Alguém está no controle de seus eventos.


Os Atributos de Deus

Se não houvesse Deus, não haveria ateus” G.K.Chesterton

Uma vez tendo certeza de que Deus existe, é essencial para o homem saber como é esse Deus. Chamamos aquelas características de Deus que o definem de “atributos”.

Será impossível tratar, de forma completa, de todos os atributos de Deus neste curso. Portanto, iremos ver alguns dos Seus atributos mais conhecidos.

Os teólogos têm dividido os atributos de Deus de várias maneiras. Para os propósitos deste estudo, trataremos de três categorias maiores: a trindade, atributos de grandeza, e atributos de bondade.


Trindade

A Bíblia afirma que existe um só Deus (Deut.6:4), e afirma também que este único Deus existe eternamente em três pessoas: Deus Pai, Deus Filho e Deus o Espírito Santo (Mateus 3:16-17, Lucas 1:35). Estas três pessoas da trindade são iguais em sua essência (João 10:30, Atos 5:3-4), e diferentes em suas funções (Gálatas 4:4, João 14:28-31, 16:7-8).

No final das contas, é impossível a mente humana compreender por completo a doutrina da trindade. Cabe a nós a aceitarmos pela fé, pois é claramente ensinada pelas Sagradas Escrituras.


Atributos de Grandeza

Os atributos de grandeza são aqueles que fazem uma distinção enorme entre Deus e o homem. Seguem alguns destes atributos, com suas definições:

* Espiritualidade: Deus é espirito e não se limita a um corpo humano (João 4:24).

* Personalidade: Deus possui um intelecto (Salmo 147:5), emoções (Salmo 78:40), e vontade própria (João 1:13).

* Vida: Deus é auto existente, não sendo criado por ninguém (João 5:26).

* Onipresença: Deus está em todos os lugares ao mesmo tempo (Salmo 139:7-10).

* Onisciência: Deus sabe de todas as coisas (Provérbios 15:3).

* Onipotência: Deus é todo-poderoso (Jeremias 32:17).

* Soberania: Deus está no controle de todas as coisas (Daniel 4:35).

* Imutabilidade: Deus é constante, não muda (Malaquias 3:6).


Atributos de Bondade

Estes atributos enfatizam a pureza e retidão do caráter de Deus.

* Santidade: Deus é separado completamente do pecado e absolutamente puro (Salmos 99:9).

* Justiça: Todas as ações de Deus são corretas, sem acepção de pessoas.

* Integridade: Deus é a verdade, e Ele fala e pratica somente a verdade (João 17:3).

* Amor: Deus busca o maior bem das pessoas que Ele ama (1 João 4:8).

* Graça: Deus distribui favor aqueles que não merecem (Efésios 1:7).

* Misericórdia: Deus não dispensa o juízo merecido pelo homem pecador (Tito 3:5).


As Obras de Deus

Tua é, ó Senhor, a grandeza, e o poder, e a glória, e a vitória, e a majestade, porque teu é tudo quanto há na terra; teu é, ó Senhor, o reino, e tu te exaltaste como chefe sobre todos.” 1Crônicas 29:11

Deus está ativo no universo, e na vida dos seres humanos. Ele criou o universo e tudo que existe (Gênesis 1:1), e ele o mantém pelo poder da Sua mão (Colossenses 1:17).

Todas as coisas acontecem imutável e infalivelmente, de maneira que nada sucede por acaso ou fora da providência de Deus. Deus faz uso de meios em sua providência, mas é livre para operar sem, acima de, e contra os meios ordinários, segundo bem entenda. (Atos 2:23).


Conclusão

De todo o conhecimento que adquirimos no decorrer de nossas vidas, o conhecimento de Deus é, por longe, o mais importante. A consciência que existe um Deus, e a noção que Ele é um Deus poderoso, santo e justo deve ter um impacto profundo em nossas vidas.


Perguntas

1 – De onde vem nosso conhecimento de Deus?

2 – Quais são algumas provas que você iria apresentar se alguém falasse que não acreditava em Deus?

3 – Quais são as funções dos três membros da trindade?

4 – O que quer dizer quando aformamos que Deus é “soberano”?


Leitura Recomendada

Conhecimento de Deus por J. I. Packer
Em Busca de Deus por John Piper
Os Atributos de Deus por A. W. Pink

prof. Pr Antônio Neto


Introdução
Até aqui, vimos os três grandes grupos mais tradicionais de denominações evangélicas. Os pentecostais são marcados pela crença no batismo no Espírito como uma segunda bênção, exibido no falar em línguas. Os reformados são marcados por suas confissões de fé, que os distinguem de todos os demais grupos. Os fundamentalistas são marcados pela crença na autonomia da igreja local e no batismo de adultos por imersão.
Agora, chegamos ao último grande grupo, os neopentecostais. Como já vimos, os neopentecostais são herdeiros da tradição pentecostal. No Brasil, eles surgiram na Terceira Onda do pentecostalismo. A partícula “neo”, portanto, serve para ressaltar que este grupo trouxe novidades a esta tradição, mas manteve muitos elementos dela.
Como já sabemos da origem e desenvolvimento deste grupo, partiremos direto para suas características e crenças básicas. Depois, faremos uma breve avaliação deste grupo.

I.                   CARACTERÍSTICAS GERAIS

A.               Principais Igrejas
1.                 No Brasil, o neopentecostalismo tem atuado em duas frentes, com a fundação de novas igrejas, ou com a renovação de igrejas tradicionais.
2.                 As principais igrejas fundadas com o advento do neopentecostalismo foram:
a)                A Igreja Universal do Reino de Deus, fundada e dirigida por Edir Macedo.
b)                A Igreja Internacional da Graça de Deus, fundada e dirigida por R.R. Soares.
c)                A Igreja Mundial do Poder de Deus, fundada e dirigida por Valdomiro Santiago.
d)               A Igreja Renascer, fundada e dirigida pelo casal Estevão Ernandes e Sônia Ernandes.
e)                Outras, como A Comunidade Sara Nossa Terra e o Ministério Nova Jerusalém.
3.                 Com a renovação de igrejas tradicionais, surgiram as Igrejas Batistas Renovadas, ou Presbiterianas Renovadas. Assim também, a Renovação Carismática na Igreja Católica.
4.                 Dentro deste processo de renovação, houve o surgimento do chamado G12.
a)                Este movimento utiliza uma técnica de crescimento consolidado de igreja, onde cada pessoa deve liderar uma célula de 12 e, cada um destes 12 liderem mais 12 futuramente. Desta forma, a igreja pode crescer rapidamente.
b)                Porém, para consolidar estes discípulos, são promovidos os Encontros, onde cada pessoa deve passar por várias experiências típicas dos neopentecostais, como “quebra de maldição” e as “unções espirituais”.
c)                No Brasil, este tipo de “igreja” em células tem se tornado cada vez mais comum. Vários cantores evangélicos famosos são adeptos deste tipo de prática, como Fernandinho, David Quinlan e Ludmila Ferber. Também, vários grupos evangélicos também são de igrejas assim, como o Diante do Trono e o Toque no Altar.

B.                Principais Características
1.                 Nova Abordagem aos Dons Espirituais
a)                Os neopentecostais mantiveram a crença pentecostal de que todos os dons estão disponíveis para a igreja de nossos dias. Porém, deram uma abordagem muito mais extravagante a estes dons.
b)                Passaram a acreditar na existência de Apóstolos, como o Apóstolo Estevão, ou o Apóstolo Valdomiro.
c)                Promoveram uma busca muito maior por revelações diretas de Deus, dando pouca ou mesmo nenhuma ênfase ao uso da Bíblia no cotidiano. A uso de profecias é maior neste grupo do que em qualquer outro.
d)               Exibem demonstrações bizarras do Espírito Santo, como “cair no Espírito”, “rodar no Espírito”, “colar no Espírito” e até “uivar no Espírito”.
e)                Ensinam que nós devemos dar “liberdade ao Espírito”. Assim, seus cultos são estruturados para promover isso, com um período longo de cânticos, ministrações e etc.

2.                 Novas Crenças
a)                O neopentecostalismo também é marcado pelo acréscimo de novas crenças à tradição pentecostal.
b)                  Dentre elas, as principais são a crença na Batalha Espiritual e a Teologia da Prosperidade. Veremos estas e outras mais adiante.

3.                 Outras Características
a)                Forte uso da mídia áudio-visual. Os neopentecostais são os que mais usam a tv e o rádio.
b)                Igrejas-Empresas. As principais igrejas neopentecostais funcionam no formato de empresas, com sede e filiais, com corpo administrativo, e até produtos de comércio.
c)                Uso de slogans chamativos, como “uma igreja com visão de águia”, ou “sua família, nossa prioridade”, ou mesmo os nomes das igrejas como “Universal”, “Mundial”, “Internacional”.
d)               Ampla atuação política, com bancadas de deputados e senadores no Congresso Nacional.

II.                CRENÇAS BÁSICAS[1]

A.               Confissão Positiva
1.                 Também chamada de “palavra da fé”, é a crença de que o crente precisa determinar com fé a posse de suas bênçãos.
2.                 Ensinam que na Cruz, Cristo comprou para nós todo tipo de bênção, tanto espiritual, quanto material, e que é a nossa fé quem determina a liberação destas bênçãos.
3.                 Todavia, não é só a fé, mas uma palavra de fé. É preciso falar, e saber determinar a benção.

B.                Teologia da Prosperidade
1.                 A teologia da prosperidade é a crença que todo crente, como filho do rei, tem o direito e o dever de possuir prosperidade em sua saúde e em seus bens.
2.                 A maneira de receber a prosperidade é por meio da Confissão Positiva, que deve ser comprovada por atos de fé, que são sacrifícios feitos em nome da fé, como vender um carro para dar de oferta. Desta forma, o dízimo ocupa um lugar de destaque, e até fundamental, nestas igrejas.
3.                 Este é, talvez, o motivo pelo qual estas igrejas são mais fortes na classe média brasileira, por conta do forte espírito consumista desta classe.

C.               Batalha Espiritual
1.                 É a visão de que a realidade é marcada por um conflito entre Deus e o diabo. Deus é, portanto, um “homem de guerra”, que vai vencendo o mal neste mundo.
2.                 Há também a crença nos “espíritos territoriais”, que são espíritos que governam determinadas regiões. Também, espíritos que provocam mazelas, como espírito de pobreza, de doença, de depressão, de desânimo e etc. Por isso, todo tipo de mazela é provocada por um tipo de espírito.
3.                 O crente, tendo Deus ao seu lado, precisa batalhar contra estes espíritos. Se Deus está ao seu lado, o crente deve “repreender”, “amarrar”, “declarar vitória” sobre todo espírito ruim que o atormenta. Como diz uma música “Posso enfrentar o que for, eu sei quem luta por mim”.

D.               Maldição Hereditária
1.                 É o pensamento de que determinadas práticas pecaminosas se tornam maldições que vão passando de pai para filho. Por exemplo, um pai macumbeiro transmite naturalmente uma maldição ao seu filho.
2.                 Por isso, é necessário o cancelamento, ou a quebra destas maldições. Isto é feito por meio de “regressões” e “orações de cancelamento”.
3.                 Esta é uma prática muito comum nas igrejas que adotam o G12.

E.                Exorcismos e Curas
1.                 Com base em todas as crenças anteriores, os neopentecostais são o grupo que mais exercita a prática de exorcismos e curas.
2.                 Os exorcismos servem muito para demonstrar superioridade sobre o diabo, havendo diálogo, e expressões de domínio, como “amarrar” o demônio.
3.                 As curas são o verdadeiro espetáculo da prosperidade física, mostrando como o crente que crê e determina recebe a solução dos seus problemas.

III.             BREVE AVALIAÇÃO
A.               Pontos Positivos
1.                 Particularmente, só vejo um fator positivo no surgimento das igrejas neopentecostais, que foi o aumento do número de evangélicos, o que facilita e aumenta o acesso à Palavra e ao verdadeiro Evangelho. É cada vez mais comum a “conversão” de crentes ao verdadeiro evangelho bíblico.

B.                Pontos Negativos
1.                 Será que podemos considerar as igrejas neopentecostais como “irmãs”? Eu penso que não, pois, ao se analisar bem, nem o Deus crido por elas, nem o evangelho ensinado é o mesmo que cremos e ensinamos. O Deus neopentecostal não é soberano, não é Senhor, mas um gênio da lâmpada que está à serviço dos desejos dos homens. O evangelho da prosperidade não oferece o perdão do pecado por meio da Cruz, mas é centrado na oferta de bênção de prosperidade. Portanto, como um grupo que crê em outro Deus e em outro evangelho pode ser considerado evangélico? Lembremos o que Paulo disse “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.” Gálatas 1:8
2.                 Isso significa que todos que estão nestas igrejas são descrentes? Primeiro, precisamos saber que só existe este tipo de igreja, porque existem pessoas que buscam a Deus por motivos egoístas e mundanos. No entanto, há pessoas que já tiveram acesso ao verdadeiro evangelho, mas estão desorientadas nestas igrejas. Por isso, é importante que estas igrejas sejam vistas, também, como campos missionários.
3.                 Um dos principais pontos negativos é a confusão que estas igrejas trazem à imagem dos crentes no Senhor Jesus. Por conta delas e das pentecostais, convencionou-se que crente é um ser bizarro, com práticas estranhas, que são tolos em dar dízimo para um pastor ter uma vida regalada. Sabendo que não pode vencer, o inimigo conseguiu por meio deles confundir o cristianismo.
4.                 Por fim, muito mais pontos negativos poderiam ser ditos. Porém, com tudo o que foi dito acima, precisamos tomar sempre muito cuidado com a associação com tais grupos. Atente aos cds que você compra, aos livros, e às músicas que cantamos em nossas igrejas.

Lição 5: As Igrejas Neopentecostais

prof. Pr Antônio Neto


Introdução
Até aqui, vimos os três grandes grupos mais tradicionais de denominações evangélicas. Os pentecostais são marcados pela crença no batismo no Espírito como uma segunda bênção, exibido no falar em línguas. Os reformados são marcados por suas confissões de fé, que os distinguem de todos os demais grupos. Os fundamentalistas são marcados pela crença na autonomia da igreja local e no batismo de adultos por imersão.
Agora, chegamos ao último grande grupo, os neopentecostais. Como já vimos, os neopentecostais são herdeiros da tradição pentecostal. No Brasil, eles surgiram na Terceira Onda do pentecostalismo. A partícula “neo”, portanto, serve para ressaltar que este grupo trouxe novidades a esta tradição, mas manteve muitos elementos dela.
Como já sabemos da origem e desenvolvimento deste grupo, partiremos direto para suas características e crenças básicas. Depois, faremos uma breve avaliação deste grupo.

I.                   CARACTERÍSTICAS GERAIS

A.               Principais Igrejas
1.                 No Brasil, o neopentecostalismo tem atuado em duas frentes, com a fundação de novas igrejas, ou com a renovação de igrejas tradicionais.
2.                 As principais igrejas fundadas com o advento do neopentecostalismo foram:
a)                A Igreja Universal do Reino de Deus, fundada e dirigida por Edir Macedo.
b)                A Igreja Internacional da Graça de Deus, fundada e dirigida por R.R. Soares.
c)                A Igreja Mundial do Poder de Deus, fundada e dirigida por Valdomiro Santiago.
d)               A Igreja Renascer, fundada e dirigida pelo casal Estevão Ernandes e Sônia Ernandes.
e)                Outras, como A Comunidade Sara Nossa Terra e o Ministério Nova Jerusalém.
3.                 Com a renovação de igrejas tradicionais, surgiram as Igrejas Batistas Renovadas, ou Presbiterianas Renovadas. Assim também, a Renovação Carismática na Igreja Católica.
4.                 Dentro deste processo de renovação, houve o surgimento do chamado G12.
a)                Este movimento utiliza uma técnica de crescimento consolidado de igreja, onde cada pessoa deve liderar uma célula de 12 e, cada um destes 12 liderem mais 12 futuramente. Desta forma, a igreja pode crescer rapidamente.
b)                Porém, para consolidar estes discípulos, são promovidos os Encontros, onde cada pessoa deve passar por várias experiências típicas dos neopentecostais, como “quebra de maldição” e as “unções espirituais”.
c)                No Brasil, este tipo de “igreja” em células tem se tornado cada vez mais comum. Vários cantores evangélicos famosos são adeptos deste tipo de prática, como Fernandinho, David Quinlan e Ludmila Ferber. Também, vários grupos evangélicos também são de igrejas assim, como o Diante do Trono e o Toque no Altar.

B.                Principais Características
1.                 Nova Abordagem aos Dons Espirituais
a)                Os neopentecostais mantiveram a crença pentecostal de que todos os dons estão disponíveis para a igreja de nossos dias. Porém, deram uma abordagem muito mais extravagante a estes dons.
b)                Passaram a acreditar na existência de Apóstolos, como o Apóstolo Estevão, ou o Apóstolo Valdomiro.
c)                Promoveram uma busca muito maior por revelações diretas de Deus, dando pouca ou mesmo nenhuma ênfase ao uso da Bíblia no cotidiano. A uso de profecias é maior neste grupo do que em qualquer outro.
d)               Exibem demonstrações bizarras do Espírito Santo, como “cair no Espírito”, “rodar no Espírito”, “colar no Espírito” e até “uivar no Espírito”.
e)                Ensinam que nós devemos dar “liberdade ao Espírito”. Assim, seus cultos são estruturados para promover isso, com um período longo de cânticos, ministrações e etc.

2.                 Novas Crenças
a)                O neopentecostalismo também é marcado pelo acréscimo de novas crenças à tradição pentecostal.
b)                  Dentre elas, as principais são a crença na Batalha Espiritual e a Teologia da Prosperidade. Veremos estas e outras mais adiante.

3.                 Outras Características
a)                Forte uso da mídia áudio-visual. Os neopentecostais são os que mais usam a tv e o rádio.
b)                Igrejas-Empresas. As principais igrejas neopentecostais funcionam no formato de empresas, com sede e filiais, com corpo administrativo, e até produtos de comércio.
c)                Uso de slogans chamativos, como “uma igreja com visão de águia”, ou “sua família, nossa prioridade”, ou mesmo os nomes das igrejas como “Universal”, “Mundial”, “Internacional”.
d)               Ampla atuação política, com bancadas de deputados e senadores no Congresso Nacional.

II.                CRENÇAS BÁSICAS[1]

A.               Confissão Positiva
1.                 Também chamada de “palavra da fé”, é a crença de que o crente precisa determinar com fé a posse de suas bênçãos.
2.                 Ensinam que na Cruz, Cristo comprou para nós todo tipo de bênção, tanto espiritual, quanto material, e que é a nossa fé quem determina a liberação destas bênçãos.
3.                 Todavia, não é só a fé, mas uma palavra de fé. É preciso falar, e saber determinar a benção.

B.                Teologia da Prosperidade
1.                 A teologia da prosperidade é a crença que todo crente, como filho do rei, tem o direito e o dever de possuir prosperidade em sua saúde e em seus bens.
2.                 A maneira de receber a prosperidade é por meio da Confissão Positiva, que deve ser comprovada por atos de fé, que são sacrifícios feitos em nome da fé, como vender um carro para dar de oferta. Desta forma, o dízimo ocupa um lugar de destaque, e até fundamental, nestas igrejas.
3.                 Este é, talvez, o motivo pelo qual estas igrejas são mais fortes na classe média brasileira, por conta do forte espírito consumista desta classe.

C.               Batalha Espiritual
1.                 É a visão de que a realidade é marcada por um conflito entre Deus e o diabo. Deus é, portanto, um “homem de guerra”, que vai vencendo o mal neste mundo.
2.                 Há também a crença nos “espíritos territoriais”, que são espíritos que governam determinadas regiões. Também, espíritos que provocam mazelas, como espírito de pobreza, de doença, de depressão, de desânimo e etc. Por isso, todo tipo de mazela é provocada por um tipo de espírito.
3.                 O crente, tendo Deus ao seu lado, precisa batalhar contra estes espíritos. Se Deus está ao seu lado, o crente deve “repreender”, “amarrar”, “declarar vitória” sobre todo espírito ruim que o atormenta. Como diz uma música “Posso enfrentar o que for, eu sei quem luta por mim”.

D.               Maldição Hereditária
1.                 É o pensamento de que determinadas práticas pecaminosas se tornam maldições que vão passando de pai para filho. Por exemplo, um pai macumbeiro transmite naturalmente uma maldição ao seu filho.
2.                 Por isso, é necessário o cancelamento, ou a quebra destas maldições. Isto é feito por meio de “regressões” e “orações de cancelamento”.
3.                 Esta é uma prática muito comum nas igrejas que adotam o G12.

E.                Exorcismos e Curas
1.                 Com base em todas as crenças anteriores, os neopentecostais são o grupo que mais exercita a prática de exorcismos e curas.
2.                 Os exorcismos servem muito para demonstrar superioridade sobre o diabo, havendo diálogo, e expressões de domínio, como “amarrar” o demônio.
3.                 As curas são o verdadeiro espetáculo da prosperidade física, mostrando como o crente que crê e determina recebe a solução dos seus problemas.

III.             BREVE AVALIAÇÃO
A.               Pontos Positivos
1.                 Particularmente, só vejo um fator positivo no surgimento das igrejas neopentecostais, que foi o aumento do número de evangélicos, o que facilita e aumenta o acesso à Palavra e ao verdadeiro Evangelho. É cada vez mais comum a “conversão” de crentes ao verdadeiro evangelho bíblico.

B.                Pontos Negativos
1.                 Será que podemos considerar as igrejas neopentecostais como “irmãs”? Eu penso que não, pois, ao se analisar bem, nem o Deus crido por elas, nem o evangelho ensinado é o mesmo que cremos e ensinamos. O Deus neopentecostal não é soberano, não é Senhor, mas um gênio da lâmpada que está à serviço dos desejos dos homens. O evangelho da prosperidade não oferece o perdão do pecado por meio da Cruz, mas é centrado na oferta de bênção de prosperidade. Portanto, como um grupo que crê em outro Deus e em outro evangelho pode ser considerado evangélico? Lembremos o que Paulo disse “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema.” Gálatas 1:8
2.                 Isso significa que todos que estão nestas igrejas são descrentes? Primeiro, precisamos saber que só existe este tipo de igreja, porque existem pessoas que buscam a Deus por motivos egoístas e mundanos. No entanto, há pessoas que já tiveram acesso ao verdadeiro evangelho, mas estão desorientadas nestas igrejas. Por isso, é importante que estas igrejas sejam vistas, também, como campos missionários.
3.                 Um dos principais pontos negativos é a confusão que estas igrejas trazem à imagem dos crentes no Senhor Jesus. Por conta delas e das pentecostais, convencionou-se que crente é um ser bizarro, com práticas estranhas, que são tolos em dar dízimo para um pastor ter uma vida regalada. Sabendo que não pode vencer, o inimigo conseguiu por meio deles confundir o cristianismo.
4.                 Por fim, muito mais pontos negativos poderiam ser ditos. Porém, com tudo o que foi dito acima, precisamos tomar sempre muito cuidado com a associação com tais grupos. Atente aos cds que você compra, aos livros, e às músicas que cantamos em nossas igrejas.