Escola Bíblia: O Plano da Salvação – Lição 2
Baseado no Livro: O Estranho no Caminho de Emaús
de John R. Cross


1) NO PRINCÍPIO, DEUS …

A Bíblia começa com três palavras muito profundas:

No princípio Deus… Gênesis 1.1

Não existe nenhum argumento a favor da existência de Deus — parte-se do pressuposto de que Ele existe. Deus simplesmente é.

ETERNO

Deus sempre existiu. Deus existia antes das plantas, animais e pessoas, antes da Terra e do Universo. Ele não teve início e não terá fim. Deus sempre existiu e sempre existirá. A Bíblia diz que Deus existia desde o passado eterno e existirá até o futuro eterno. Deus é eterno.

Antes de nascerem os montes e de criares a terra … de eternidade a eternidade tu és Deus. Salmo 90.2

É difícil compreendermos o conceito de um Deus eterno. Isso é tão complexo para o nosso intelecto que frequentemente rotulamos esse conceito de impossível. Mas há ilustrações que ajudam a nossa compreensão. Por exemplo, podemos comparar a eternidade ao cosmo.

A maioria de nós consegue imaginar nosso sistema solar — o Sol rodeado pelos planetas em órbita. Sabemos que isto é uma imensidão, mas sondas espaciais têm feito as maiores distâncias parecerem atingíveis. Mas vá um pouco mais longe e comece a medir o universo. Se entrássemos em uma nave espacial e viajássemos à velocidade da luz, circularíamos a Terra sete vezes em um segundo! Gostou da viagem? Um pouco rápida, talvez? Dirigindo-nos ao espaço à mesma velocidade, passaríamos pela Lua em dois segundos, pelo planeta Marte em quatro minutos e por Plutão em cinco horas. A partir daí, começaria uma viagem pela nossa galáxia — a VIA LÁCTEA.





Sim, é difícil compreendermos a ideia de um Deus eterno, assim como a vastidão de nosso Universo. Ambos são surpreendentes, porém, reais. A Bíblia é enfática sobre essa verdade. A existência eterna de Deus tanto é uma parte inseparável da Sua natureza que a Bíblia se refere a ela com o próprio nome de Deus …
o nome do SENHOR, o Deus eterno. Gênesis 21.33


MUITOS NOMES

Deus tem muitos nomes ou títulos, e cada um declara algo sobre Seu caráter. Veremos três:

1) EU SOU

Disse Deus … “EU SOU O QUE SOU. É isto que você dirá … EU SOU me enviou a vocês”. Êxodo 3.14

A explicação mais próxima dessa declaração é: Eu Sou Aquele que É ou Eu Sou o Auto existente. Deus existe pelo seu próprio poder.

Nós temos necessidade de comida, água, ar, sono, luz — uma infinidade de itens essenciais para vivermos — Deus não. Ele não precisa de nada. Absolutamente nada! É o auto existente, o Eu Sou.

2) SENHOR

O título Eu Sou não é usado comumente na Bíblia porque seu significado está implícito na palavra SENHOR.

Não há absolutamente ninguém comparável a ti, ó SENHOR; tu és grande, e grande é o poder do teu nome. Jeremias 10.6

O nome SENHOR não apenas realça a auto existência do Deus eterno, mas também dirige nossa atenção para Sua posição — uma posição mais elevada do que todas as outras. Ele é SENHOR dos senhores.

3) O ALTÍSSIMO

Esse nome está relacionado ao nome SENHOR, enfatizando o papel de Deus como governante soberano.

Saibam eles que tu, cujo nome é SENHOR, somente tu, és o Altíssimo sobre toda a terra. Salmo 83.18

Assim como os impérios antigos tinham líderes absolutos ou soberanos que reinavam sobre seus domínios, Deus também é o Rei do Universo, o Deus Altíssimo.

A própria palavra Deus enfatiza sua posição como governante supremo. A palavra Deus significa forte, líder poderoso, deidade suprema.

A ideia de Deus como rei pode evocar a imagem de um velho sentado num trono de ouro que paira em algum lugar acima das nuvens. Em parte alguma a Escritura retrata Deus como um velho, mas faz referência ao trono de Deus — não oculto numa nuvem — mas em um santo templo situado no céu.

O SENHOR está no seu santo templo; o SENHOR tem o seu trono nos céus. Seus olhos observam; seus olhos examinam os filhos dos homens. Salmo 11.4

Deus governa do céu. Nós não sabemos muito sobre esse lugar chamado céu, mas o pouco que sabemos é incrível. Discutiremos isso mais tarde, com mais detalhes, mas, por enquanto, basta saber que Deus é o supremo Governante.

UM SÓ DEUS

O termo o Altíssimo fala do lugar exclusivo de Deus no Universo. Não há nenhum outro como Ele. É único, o soberano Senhor de tudo.

Eu sou o SENHOR, e não há nenhum outro; além de mim não há Deus … Isaías 45.5

Antes de mim nenhum deus se formou, nem haverá algum depois de mim. Isaías 43.10

Não existe uma hierarquia de deuses, com um grande Deus governando. Não existem outros deuses lá fora, sejam auto existentes ou criados.

Assim diz o SENHOR …“Eu sou o primeiro e eu sou o último, além de mim não há Deus”. Isaías 44.6

A Bíblia diz com toda clareza — há um só Deus.

UM ESPÍRITO

Antes de entrarmos em outro assunto, precisamos entender mais uma coisa. A Bíblia nos diz que Deus é invisível porque é espírito.

Deus é espírito … João 4.24

Você não pode ver um espírito, porque ele não tem carne e ossos como nós. Mas só o fato de você não poder ver alguém não o torna menos real.

Pense no funeral de um amigo. Se o caixão estiver aberto, você pode ver o corpo. O corpo está lá, mas onde está o seu amigo? Ele se foi. O espírito de seu amigo não está mais presente. Quando olhamos para alguém, vemos apenas sua casa, o corpo humano — nós não vemos, de fato, a pessoa real, o espírito.

Veremos que a Bíblia indica de várias maneiras diferentes que o espírito do homem começa num determinado tempo e daí em diante vive para sempre. Mas Deus é diferente; ele nunca teve um início e nunca terá fim. Ele é o único espírito eterno, vivendo da eternidade passada até a eternidade futura.

DEUS

Ele é espírito
Ele é eterno
Ele é o Eu Sou — o auto existente
Ele é o Deus Altíssimo, o Soberano Governante de tudo
Ele é o Deus único
E foi assim — No princípio …



2) ANJOS, HOSTES E ESTRELAS

Diversas páginas da Bíblia descrevem o primeiro ato criador de Deus. É possível juntar informações suficientes para responder questões básicas, mas não podemos ir além. A Bíblia não foi escrita para satisfazer a infinita curiosidade do homem. Ela oferece informações básicas sobre alguns eventos, mas silencia quanto aos detalhes adicionais. É exatamente o que ocorre em relação aos seres espirituais.

NOMES

A Bíblia se refere aos espíritos por muitos nomes diferentes — alguns no singular, outros no plural. Frequentemente, os chamamos anjos, mas a Bíblia usa muitos termos para defini-los: querubins, serafins, anjos, arcanjos, estrelas da manhã — a lista continua. Coletivamente, eles são denominados multidões, hostes ou *estrelas.

os exércitos dos céus te adoram. Neemias 9.6

Todos eles podem ter nomes pessoais, mas só alguns são mencionados, tais como Gabriel e Miguel.

*Não confundir com estrelas do céu à noite. O contexto revela qual o significado em questão.

INVISÍVEIS, INUMERÁVEIS

Assim como Deus, espíritos são invisíveis. Não possuem corpos de carne e sangue como você e eu. Embora não possamos vê-los, eles devem estar por todo lugar. A Bíblia mostra que há …

milhares de milhares de anjos. Hebreus 12.22

A linguagem usada para numerar apenas os que estão ao redor do trono de Deus transmite uma soma incontável.

Então olhei e ouvi a voz de muitos anjos, milhares de milhares e milhões de milhões. Eles rodeavam o trono … Apocalipse 5.11

SERVOS

Os seres angelicais foram criados para servir a Deus e fazer a vontade dele. Eles são chamados espíritos ministradores.

Bendigam o SENHOR, seus anjos poderosos, que obedecem à sua palavra. Bendigam o SENHOR todos os seus exércitos, vocês, seus servos, que cumprem a sua vontade. Salmo 103.20-21

Os anjos não são, todos eles, espíritos ministradores enviados para servir...? Hebreus 1.14

A palavra anjo deriva de um termo grego, que significa mensageiro ou servo. Para isso Deus os criou. Eles pertencem a Ele e foram feitos para executar tudo o que Deus mandar.

CRIADOR-PROPRIETÁRIO

O conceito de um criador que também é o proprietário tem perdido sua força em nossa economia industrializada e movida pelo dinheiro. Para exemplificar, seria como se encontrássemos uma canoa pertencente a indígenas e perguntássemos para um dos índios — “De quem é este remo?” ou “De quem é esta canoa?” — receberíamos uma resposta que designava um proprietário. Perguntando como ele sabia quem era o dono, provavelmente ele olharia incrédulo: “Bem, o dono é aquele que o fez!” A conexão criador-proprietário é muito forte. E se eu perguntasse se haveria algum problema se eu quebrasse um remo, ele, provavelmente, enfatizaria que não seria uma boa ideia, a menos que eu quisesse ter problemas com o criador-proprietário. Investigando mais um pouco, perguntaria se o dono podia quebrar o remo. Com um gesto tipicamente tribal, ele diria: “Está tudo bem se o dono o quebrar — foi ele quem o fez ”.

Deus criou os anjos e nada mais natural do que serem considerados propriedade dele. E visto que pertenciam a ele, deveriam cumprir suas ordens — como seus servos e mensageiros. Esta não era alguma forma antiga de servidão. Não existe qualquer paralelo aqui com uma sujeição obrigatória. Os anjos não poderiam ter um Criador-Proprietário melhor do que esse.

INTELECTO E PODER EXTRAORDINÁRIOS

Para que pudessem cumprir suas ordens, Deus criou os anjos com grande inteligência e poder. Alguns desses seres angelicais tinham mais capacidades do que outros. Os anjos foram criados como seres perfeitos; sem nenhum mal. Mas eles também não eram robôs; tinham vontade própria, que lhes dava a capacidade de fazerem escolhas.

SEMELHANTES, MAS DIFERENTES

Os anjos compartilham algumas semelhanças com o homem, apesar de o homem não ser tão poderoso ou inteligente. A Bíblia diz …

Tu o fizeste um pouco menor do que os seres celestiais … Salmo 8.5

Embora semelhantes, os anjos são diferentes do homem. Eles nunca morrem. Não se casam nem se reproduzem. Apesar de normalmente serem invisíveis, em certas tarefas tornam-se visíveis. Quando falam ao homem, falam numa linguagem compreensível ao ouvinte.

O QUERUBIM UNGIDO

O mais poderoso, o mais inteligente e o mais belo espírito criado foi um querubim. Seu nome é traduzido como Lúcifer,6 que significa brilhante ou estrela da manhã.

ó estrela da manhã, filho da alvorada! Isaías 14.12

Lúcifer foi chamado de querubim ungido. O significado da palavra ungido tem suas origens no antigo ritual de derramamento de óleo sobre alguém ou alguma coisa, que era separado para Deus, para uma tarefa especial. Este ato era considerado sagrado e não podia ser praticado com leviandade.

Você foi ungido como um querubim guardião, pois para isso eu o designei. Você estava no monte santo de Deus … Você era inculpável em seus caminhos desde o dia em que foi criado … Ezequiel 28.14-15

Parece que a tarefa de Lúcifer o mantinha na presença de Deus todo o tempo. Talvez ele de alguma maneira representasse os demais anjos e os dirigisse na adoração e louvor ao seu Criador-Proprietário. Mais tarde, aprenderemos mais sobre esse querubim ungido.

ADORAÇÃO

A palavra adoração vem de uma palavra que significa declarar digna uma pessoa. A Bíblia diz que todos os anjos adoravam a Deus.

Tu deste vida a todos os seres, e os exércitos dos céus te adoram. Neemias 9.6

Isso faz sentido, visto que Deus é o Soberano Rei e, como tal, merece que se declare seu mérito. Por outro lado, se elogio as ações de um amigo, um terceiro pode questionar se meu amigo merece todo o louvor que estou dando a ele. Mas a Bíblia diz que Deus é digno de todo o louvor.

Tu, Senhor e Deus nosso, és digno de receber a glória, a honra e o poder, porque criaste todas as coisas, e por tua vontade elas existem e foram criadas. Apocalipse 4.11

tu és grande e realizas feitos maravilhosos; só tu és Deus! Salmo 86.10

TODOS OS ANJOS ASSISTIRAM À CRIAÇÃO

O ato criador de Deus tinha começado. Agora, quando as hostes angelicais assistiam a tudo e se regozijavam, Deus começou sua próxima grande obra de arte.

Sua tela: o Universo
Seu tema: toda a Terra




Onde você estava quando lancei os alicerces da terra? Responda-me, se é que você sabe tanto. Quem marcou os limites das suas dimensões? Talvez você saiba! E quem estendeu sobre ela a linha de medir? E os fundamentos, sobre o que foram postos? E quem colocou sua pedra de esquina, enquanto as estrelas matutinas juntas cantavam e todos os anjos se regozijavam? Jó 38.4-7

Escola Bíblia: O Plano da Salvação – Lição 2

Escola Bíblia: O Plano da Salvação – Lição 2
Baseado no Livro: O Estranho no Caminho de Emaús
de John R. Cross


1) NO PRINCÍPIO, DEUS …

A Bíblia começa com três palavras muito profundas:

No princípio Deus… Gênesis 1.1

Não existe nenhum argumento a favor da existência de Deus — parte-se do pressuposto de que Ele existe. Deus simplesmente é.

ETERNO

Deus sempre existiu. Deus existia antes das plantas, animais e pessoas, antes da Terra e do Universo. Ele não teve início e não terá fim. Deus sempre existiu e sempre existirá. A Bíblia diz que Deus existia desde o passado eterno e existirá até o futuro eterno. Deus é eterno.

Antes de nascerem os montes e de criares a terra … de eternidade a eternidade tu és Deus. Salmo 90.2

É difícil compreendermos o conceito de um Deus eterno. Isso é tão complexo para o nosso intelecto que frequentemente rotulamos esse conceito de impossível. Mas há ilustrações que ajudam a nossa compreensão. Por exemplo, podemos comparar a eternidade ao cosmo.

A maioria de nós consegue imaginar nosso sistema solar — o Sol rodeado pelos planetas em órbita. Sabemos que isto é uma imensidão, mas sondas espaciais têm feito as maiores distâncias parecerem atingíveis. Mas vá um pouco mais longe e comece a medir o universo. Se entrássemos em uma nave espacial e viajássemos à velocidade da luz, circularíamos a Terra sete vezes em um segundo! Gostou da viagem? Um pouco rápida, talvez? Dirigindo-nos ao espaço à mesma velocidade, passaríamos pela Lua em dois segundos, pelo planeta Marte em quatro minutos e por Plutão em cinco horas. A partir daí, começaria uma viagem pela nossa galáxia — a VIA LÁCTEA.





Sim, é difícil compreendermos a ideia de um Deus eterno, assim como a vastidão de nosso Universo. Ambos são surpreendentes, porém, reais. A Bíblia é enfática sobre essa verdade. A existência eterna de Deus tanto é uma parte inseparável da Sua natureza que a Bíblia se refere a ela com o próprio nome de Deus …
o nome do SENHOR, o Deus eterno. Gênesis 21.33


MUITOS NOMES

Deus tem muitos nomes ou títulos, e cada um declara algo sobre Seu caráter. Veremos três:

1) EU SOU

Disse Deus … “EU SOU O QUE SOU. É isto que você dirá … EU SOU me enviou a vocês”. Êxodo 3.14

A explicação mais próxima dessa declaração é: Eu Sou Aquele que É ou Eu Sou o Auto existente. Deus existe pelo seu próprio poder.

Nós temos necessidade de comida, água, ar, sono, luz — uma infinidade de itens essenciais para vivermos — Deus não. Ele não precisa de nada. Absolutamente nada! É o auto existente, o Eu Sou.

2) SENHOR

O título Eu Sou não é usado comumente na Bíblia porque seu significado está implícito na palavra SENHOR.

Não há absolutamente ninguém comparável a ti, ó SENHOR; tu és grande, e grande é o poder do teu nome. Jeremias 10.6

O nome SENHOR não apenas realça a auto existência do Deus eterno, mas também dirige nossa atenção para Sua posição — uma posição mais elevada do que todas as outras. Ele é SENHOR dos senhores.

3) O ALTÍSSIMO

Esse nome está relacionado ao nome SENHOR, enfatizando o papel de Deus como governante soberano.

Saibam eles que tu, cujo nome é SENHOR, somente tu, és o Altíssimo sobre toda a terra. Salmo 83.18

Assim como os impérios antigos tinham líderes absolutos ou soberanos que reinavam sobre seus domínios, Deus também é o Rei do Universo, o Deus Altíssimo.

A própria palavra Deus enfatiza sua posição como governante supremo. A palavra Deus significa forte, líder poderoso, deidade suprema.

A ideia de Deus como rei pode evocar a imagem de um velho sentado num trono de ouro que paira em algum lugar acima das nuvens. Em parte alguma a Escritura retrata Deus como um velho, mas faz referência ao trono de Deus — não oculto numa nuvem — mas em um santo templo situado no céu.

O SENHOR está no seu santo templo; o SENHOR tem o seu trono nos céus. Seus olhos observam; seus olhos examinam os filhos dos homens. Salmo 11.4

Deus governa do céu. Nós não sabemos muito sobre esse lugar chamado céu, mas o pouco que sabemos é incrível. Discutiremos isso mais tarde, com mais detalhes, mas, por enquanto, basta saber que Deus é o supremo Governante.

UM SÓ DEUS

O termo o Altíssimo fala do lugar exclusivo de Deus no Universo. Não há nenhum outro como Ele. É único, o soberano Senhor de tudo.

Eu sou o SENHOR, e não há nenhum outro; além de mim não há Deus … Isaías 45.5

Antes de mim nenhum deus se formou, nem haverá algum depois de mim. Isaías 43.10

Não existe uma hierarquia de deuses, com um grande Deus governando. Não existem outros deuses lá fora, sejam auto existentes ou criados.

Assim diz o SENHOR …“Eu sou o primeiro e eu sou o último, além de mim não há Deus”. Isaías 44.6

A Bíblia diz com toda clareza — há um só Deus.

UM ESPÍRITO

Antes de entrarmos em outro assunto, precisamos entender mais uma coisa. A Bíblia nos diz que Deus é invisível porque é espírito.

Deus é espírito … João 4.24

Você não pode ver um espírito, porque ele não tem carne e ossos como nós. Mas só o fato de você não poder ver alguém não o torna menos real.

Pense no funeral de um amigo. Se o caixão estiver aberto, você pode ver o corpo. O corpo está lá, mas onde está o seu amigo? Ele se foi. O espírito de seu amigo não está mais presente. Quando olhamos para alguém, vemos apenas sua casa, o corpo humano — nós não vemos, de fato, a pessoa real, o espírito.

Veremos que a Bíblia indica de várias maneiras diferentes que o espírito do homem começa num determinado tempo e daí em diante vive para sempre. Mas Deus é diferente; ele nunca teve um início e nunca terá fim. Ele é o único espírito eterno, vivendo da eternidade passada até a eternidade futura.

DEUS

Ele é espírito
Ele é eterno
Ele é o Eu Sou — o auto existente
Ele é o Deus Altíssimo, o Soberano Governante de tudo
Ele é o Deus único
E foi assim — No princípio …



2) ANJOS, HOSTES E ESTRELAS

Diversas páginas da Bíblia descrevem o primeiro ato criador de Deus. É possível juntar informações suficientes para responder questões básicas, mas não podemos ir além. A Bíblia não foi escrita para satisfazer a infinita curiosidade do homem. Ela oferece informações básicas sobre alguns eventos, mas silencia quanto aos detalhes adicionais. É exatamente o que ocorre em relação aos seres espirituais.

NOMES

A Bíblia se refere aos espíritos por muitos nomes diferentes — alguns no singular, outros no plural. Frequentemente, os chamamos anjos, mas a Bíblia usa muitos termos para defini-los: querubins, serafins, anjos, arcanjos, estrelas da manhã — a lista continua. Coletivamente, eles são denominados multidões, hostes ou *estrelas.

os exércitos dos céus te adoram. Neemias 9.6

Todos eles podem ter nomes pessoais, mas só alguns são mencionados, tais como Gabriel e Miguel.

*Não confundir com estrelas do céu à noite. O contexto revela qual o significado em questão.

INVISÍVEIS, INUMERÁVEIS

Assim como Deus, espíritos são invisíveis. Não possuem corpos de carne e sangue como você e eu. Embora não possamos vê-los, eles devem estar por todo lugar. A Bíblia mostra que há …

milhares de milhares de anjos. Hebreus 12.22

A linguagem usada para numerar apenas os que estão ao redor do trono de Deus transmite uma soma incontável.

Então olhei e ouvi a voz de muitos anjos, milhares de milhares e milhões de milhões. Eles rodeavam o trono … Apocalipse 5.11

SERVOS

Os seres angelicais foram criados para servir a Deus e fazer a vontade dele. Eles são chamados espíritos ministradores.

Bendigam o SENHOR, seus anjos poderosos, que obedecem à sua palavra. Bendigam o SENHOR todos os seus exércitos, vocês, seus servos, que cumprem a sua vontade. Salmo 103.20-21

Os anjos não são, todos eles, espíritos ministradores enviados para servir...? Hebreus 1.14

A palavra anjo deriva de um termo grego, que significa mensageiro ou servo. Para isso Deus os criou. Eles pertencem a Ele e foram feitos para executar tudo o que Deus mandar.

CRIADOR-PROPRIETÁRIO

O conceito de um criador que também é o proprietário tem perdido sua força em nossa economia industrializada e movida pelo dinheiro. Para exemplificar, seria como se encontrássemos uma canoa pertencente a indígenas e perguntássemos para um dos índios — “De quem é este remo?” ou “De quem é esta canoa?” — receberíamos uma resposta que designava um proprietário. Perguntando como ele sabia quem era o dono, provavelmente ele olharia incrédulo: “Bem, o dono é aquele que o fez!” A conexão criador-proprietário é muito forte. E se eu perguntasse se haveria algum problema se eu quebrasse um remo, ele, provavelmente, enfatizaria que não seria uma boa ideia, a menos que eu quisesse ter problemas com o criador-proprietário. Investigando mais um pouco, perguntaria se o dono podia quebrar o remo. Com um gesto tipicamente tribal, ele diria: “Está tudo bem se o dono o quebrar — foi ele quem o fez ”.

Deus criou os anjos e nada mais natural do que serem considerados propriedade dele. E visto que pertenciam a ele, deveriam cumprir suas ordens — como seus servos e mensageiros. Esta não era alguma forma antiga de servidão. Não existe qualquer paralelo aqui com uma sujeição obrigatória. Os anjos não poderiam ter um Criador-Proprietário melhor do que esse.

INTELECTO E PODER EXTRAORDINÁRIOS

Para que pudessem cumprir suas ordens, Deus criou os anjos com grande inteligência e poder. Alguns desses seres angelicais tinham mais capacidades do que outros. Os anjos foram criados como seres perfeitos; sem nenhum mal. Mas eles também não eram robôs; tinham vontade própria, que lhes dava a capacidade de fazerem escolhas.

SEMELHANTES, MAS DIFERENTES

Os anjos compartilham algumas semelhanças com o homem, apesar de o homem não ser tão poderoso ou inteligente. A Bíblia diz …

Tu o fizeste um pouco menor do que os seres celestiais … Salmo 8.5

Embora semelhantes, os anjos são diferentes do homem. Eles nunca morrem. Não se casam nem se reproduzem. Apesar de normalmente serem invisíveis, em certas tarefas tornam-se visíveis. Quando falam ao homem, falam numa linguagem compreensível ao ouvinte.

O QUERUBIM UNGIDO

O mais poderoso, o mais inteligente e o mais belo espírito criado foi um querubim. Seu nome é traduzido como Lúcifer,6 que significa brilhante ou estrela da manhã.

ó estrela da manhã, filho da alvorada! Isaías 14.12

Lúcifer foi chamado de querubim ungido. O significado da palavra ungido tem suas origens no antigo ritual de derramamento de óleo sobre alguém ou alguma coisa, que era separado para Deus, para uma tarefa especial. Este ato era considerado sagrado e não podia ser praticado com leviandade.

Você foi ungido como um querubim guardião, pois para isso eu o designei. Você estava no monte santo de Deus … Você era inculpável em seus caminhos desde o dia em que foi criado … Ezequiel 28.14-15

Parece que a tarefa de Lúcifer o mantinha na presença de Deus todo o tempo. Talvez ele de alguma maneira representasse os demais anjos e os dirigisse na adoração e louvor ao seu Criador-Proprietário. Mais tarde, aprenderemos mais sobre esse querubim ungido.

ADORAÇÃO

A palavra adoração vem de uma palavra que significa declarar digna uma pessoa. A Bíblia diz que todos os anjos adoravam a Deus.

Tu deste vida a todos os seres, e os exércitos dos céus te adoram. Neemias 9.6

Isso faz sentido, visto que Deus é o Soberano Rei e, como tal, merece que se declare seu mérito. Por outro lado, se elogio as ações de um amigo, um terceiro pode questionar se meu amigo merece todo o louvor que estou dando a ele. Mas a Bíblia diz que Deus é digno de todo o louvor.

Tu, Senhor e Deus nosso, és digno de receber a glória, a honra e o poder, porque criaste todas as coisas, e por tua vontade elas existem e foram criadas. Apocalipse 4.11

tu és grande e realizas feitos maravilhosos; só tu és Deus! Salmo 86.10

TODOS OS ANJOS ASSISTIRAM À CRIAÇÃO

O ato criador de Deus tinha começado. Agora, quando as hostes angelicais assistiam a tudo e se regozijavam, Deus começou sua próxima grande obra de arte.

Sua tela: o Universo
Seu tema: toda a Terra




Onde você estava quando lancei os alicerces da terra? Responda-me, se é que você sabe tanto. Quem marcou os limites das suas dimensões? Talvez você saiba! E quem estendeu sobre ela a linha de medir? E os fundamentos, sobre o que foram postos? E quem colocou sua pedra de esquina, enquanto as estrelas matutinas juntas cantavam e todos os anjos se regozijavam? Jó 38.4-7
Escola Bíblia: O Plano da Salvação – Lição 1
Baseado no Livro: O Estranho no Caminho de Emaús
de John R. Cross


O ano — aproximadamente 33 d.C.
O sol do meio dia era escaldante. Tudo estava quieto. Até os pássaros se recusavam a cantar sob aquele calor excessivo. Cleopas chutou um torrão seco da estrada poeirenta e suspirou profundamente em sinal de cansaço. Apertando os olhos naquele mormaço, quase não podia distinguir o próximo cume. A poucos quilômetros, do outro lado, estava Emaús, sua casa e a de seu companheiro de viagem. O pôr-do-sol chegaria antes deles. Normalmente, eles teriam deixado Jerusalém mais cedo (afinal de contas, 11 quilômetros são uma caminhada razoável), mas os eventos da manhã os retiveram, pois desejavam notícias mais concretas. Emaús não tinha muito de cidade, mas hoje parecia muito atraente. Qualquer lugar o seria, menos Jerusalém com sua turba ruidosa, suas cortes romanas e seu governador, Pôncio Pilatos.
Os pensamentos de Cleopas foram trazidos abruptamente ao presente quando seu irritado companheiro de viagem lhe fez uma pergunta pela segunda vez. Os dois discutiam o que havia acontecido naquele dia e nos últimos anos, até que não houvesse mais nenhum detalhe a ser analisado. Cleopas estava exausto e, pior do que isso, confuso, com tudo o que havia ocorrido em Jerusalém. Naqueles dias, parecia que a vida continha mais perguntas do que respostas.
Arrastando-se colina abaixo, dobraram uma curva. Foi então que encontraram o estranho.
Horas mais tarde, no mesmo dia, na mesma noite, quando os dois voltaram a Jerusalém, quentes e suados — pois tinham se apressado — não conseguiram explicar aos seus amigos como o estranho se juntara aos dois. Primeiro, Cleopas pensou que ele tivesse saído da sombra de uma grande pedra, mas isto não se encaixou com a explicação de seu amigo. O fato era este: eles não estavam certos de onde ele surgira. Um pouco hesitante, Cleopas disse que o estranho simplesmente tinha aparecido. A reação dos amigos foram alguns comentários zombeteiros a respeito do calor e muito sol.
Mas de uma coisa eles estavam certos: durante várias horas o desconhecido explicou as antigas escrituras — a Bíblia — começando desde o princípio, e o fez de forma inacreditável. A mensagem do estranho fez desaparecer todo o desânimo e dúvida de suas mentes. Assim, impressionados pela nova compreensão que obtiveram, apressaram-se em todo o caminho de volta a Jerusalém para contarem aos seus amigos sobre O estranho. De algum modo, esses também precisavam ouvir a mensagem — a mensagem que Cleopas e seu companheiro haviam ouvido no CAMINHO DE EMAÚS.
Afinal, o que foi que O estranho falou sobre a Bíblia — para muitos, um livro confuso — que fez tanto sentido?
É disso que trata este livro. E para compreendê-lo claramente, faremos o que O estranho fez — começaremos desde o princípio.


COMPREENDENDO CORRETAMENTE AS COISAS

Pare e pense: é muito razoável gastar algumas horas da sua vida para tentar compreender a Bíblia.
Afinal, a Bíblia contém declarações muito profundas sobre a vida … e sobre a morte.
Durante séculos, a Bíblia tem sido um best seller (o livro mais vendido). Qualquer pessoa que pretende ter um mínimo de informação precisa entender seu conteúdo básico. Infelizmente, a Bíblia tem caído em descrédito, não pelo o que ela diz, mas porque alguns homens e mulheres famosos, que dizem seguir a Bíblia, fizeram algumas das piores escolhas na vida.
Da mesma forma, a mensagem do livro sofreu ataques, às vezes, por pessoas bem intencionadas, que nunca reservaram tempo para realmente entenderem o que ela diz.
Mas a Bíblia não mudou. E, apesar do que os hipócritas ou críticos dizem, vale a pena conhecê-la:
… para sua própria paz de espírito,
… para o bem da sua própria vida e para o bem da sua vida após a morte.


UM QUEBRA-CABEÇA

Em muitos sentidos, a Bíblia é como um quebra-cabeça. Com isso, não quero dizer que sua mensagem esteja oculta, mas que, para entendê-la corretamente, precisamos colocar as “peças bíblicas” no lugar certo. Podemos fazer isso aplicando quatro princípios básicos do aprendizado.

ALICERCES

O primeiro princípio é aquele que usamos todo o tempo. Para aprender qualquer conceito novo, é necessário construir desde o alicerce — partir do conhecido para o desconhecido. Você não começa ensinando matemática avançada para uma criança no jardim de infância. Antes, começa com os números básicos e segue do simples para o complexo. Se você omitir os alicerces, até mesmo os mais simples conceitos de matemática avançada estarão além da sua compreensão.
O mesmo ocorre com a Bíblia. Se você negligenciar os alicerces, seu entendimento bíblico abrigará algumas ideias estranhas, resultando uma mensagem confusa; o quebra-cabeça apresentará uma imagem errada. Neste estudo, começaremos com o básico e progrediremos a cada capítulo, construindo sobre os conhecimentos já obtidos.

CONSTRUINDO UM VARAL

O segundo princípio é importante, especialmente quando se aprende História ou quando se lê uma história. Resumindo, é o seguinte: comece do início e vá, em sequência até o fim. Pode parecer óbvio, mas muitas pessoas tendem a ler a Bíblia aos pouquinhos e não em sequência, nunca dedicando tempo para ligar as partes. Neste estudo, destacaremos os acontecimentos principais, enfileirando-os em sequência — como pendurar roupa em um varal. Como esta visão geral não abordará todos os assuntos, é de se esperar que haja algumas brechas no varal. Se você quiser, as brechas podem ser preenchidas mais tarde, depois que você tiver o quadro geral.
Embora esse varal não inclua todos os acontecimentos, os eventos que estudaremos se juntarão em uma mensagem contínua. Se você for um leitor típico, quando terminar a leitura deste livro, a Bíblia fará sentido de maneira extraordinária. De qualquer forma, fica totalmente a seu critério acreditar nela ou não. Eu espero sinceramente que você creia, mas essa escolha será sua. A tarefa deste estudo é ajudá-lo a entendê-la claramente.

SORVETE E SOPA

O terceiro princípio é de extrema importância. Não misture os temas — concentre-se em um tema por vez.
A Bíblia trata de diferentes questões. Ela pode ser comparada a um livro de culinária com suas diversas receitas. Tradicionalmente, a Bíblia tem sido fragmentada em tópicos, tais como: Deus, anjos, homem e profecias. A intenção era facilitar a compreensão, mas é preciso ter cuidado. Ao observarem assuntos bem parecidos em trechos diferentes, algumas pessoas tentam relacionar as ideias, frequentemente resultando em uma compreensão errada do significado original.
“É como pular de uma receita de sorvete de milho para uma receita de sopa de milho só porque ambas tem a palavra milho. Se você começar a fazer sorvete e terminar com a receita de sopa, esquentará o sorvete até ficar bem derretido! Ambas podem ter a palavra milho, mas, misturadas, formam uma comida esquisita!”
Se você ficar pulando de um tópico para o outro ao ler a Bíblia, o resultado será uma confusão — seu quebra-cabeça ficará desconjuntado. Para evitar confusões assim, iremos nos concentrar em um tema por vez.

PRIMEIRO, O RELEVANTE

Este último princípio — primeiro, o relevante — deve ser aplicado a qualquer situação de aprendizado de um conteúdo desconhecido para nós. A idéia é aprender os pontos mais importantes primeiro.
A Bíblia inclui uma imensa variedade de assuntos, mas nem todos têm a mesma importância. Neste estudo focalizaremos um tema maior — o tema mais significativo da Bíblia. Uma vez que o entendermos, a Bíblia terá um sentido profundo, e ao mesmo tempo simples.
A mistura de vários tópicos é uma das razões de encontrarmos muitos grupos diferentes de igrejas, religiões e seitas, que, em graus variados, defendem a Bíblia como seu livro. A “sopa” tem sido misturada com o “sorvete”. O quebra-cabeça apresenta um quadro sem sentido. Em alguns casos, a confusão é menor. Em outras situações, a desordem tem provocado resultados terríveis.


UM ÚNICO LIVRO

Não há dúvida sobre isto: a Bíblia é um livro inigualável. Na verdade, é uma coleção de livros; sessenta e seis ao todo. Um autor, escrevendo sobre a singularidade da Bíblia, expressou-se assim:

Aqui está um livro:
1. escrito ao longo de mais de 1500 anos;
2. escrito durante um período de mais de 40 gerações;
3. escrito por mais de 40 autores, provenientes das mais diversas posições e áreas de atividade — incluindo reis, camponeses, filósofos, pescadores, poetas, estadistas, sábios, etc.:
Moisés, um líder político, treinado nas universidades do Egito
Pedro, um pescador
Amós, um pastor
Josué, um general
Neemias, um copeiro
Daniel, um primeiro ministro
Lucas, um médico
Salomão, um rei
Mateus, um coletor de impostos
Paulo, um rabino
4. escrito em diferentes lugares:
No deserto, por Moisés
No calabouço, por Jeremias
Num palácio, por Daniel
Numa prisão, por Paulo
Durante viagens, por Lucas
Na ilha de Patmos, por João
Durante as durezas de uma campanha militar, por outros
5. escrito em épocas diferentes:
por Davi, em tempos de guerra
por Salomão, em tempos de paz
6. escrito com diferentes estados de ânimo:
alguns livros escritos no auge da alegria e outros nas profundezas da aflição e desespero
7. escrito em três continentes:
Ásia, África e Europa
8. escrito em três línguas:
hebraico, aramaico e grego
9. Finalmente, seu objeto de estudo inclui centenas de tópicos polêmicos. Observe-se ainda que os autores bíblicos escreveram harmoniosamente e com continuidade, de Gênesis a Apocalipse. Há somente uma história …
Essa única história é o que queremos estudar — de modo simples e sem as frases comuns dos estudiosos. Sem dúvida, a coisa mais singular da Bíblia é que ela afirma ser a própria palavra de Deus.

INSPIRADA POR DEUS

Muitas vezes chamada de “as Escrituras”, a Bíblia declara que …
Toda a Escritura é inspirada por Deus … 2 Timóteo 3.16
O conceito de Deus inspirando as Escrituras é um estudo em si mesmo. Assim como quando alguém solta o fôlego e este sai do mais profundo interior dessa pessoa, toda a Escritura deve ser vista como produto do próprio Deus. Deus e suas palavras são inseparáveis. Por isso a Bíblia frequentemente é chamada a Palavra de Deus.

PROFETAS

De modo bem simplificado, podemos definir assim: Deus falou a homens o que Ele queria registrar e esses homens o escreveram. A maioria deles foi chamada de profeta.
Há muito tempo Deus falou muitas vezes e de várias maneiras aos nossos antepassados por meio dos profetas … Hebreus 1.1
Hoje pensamos nos profetas como aqueles que predizem o futuro, mas nos tempos bíblicos um profeta era um mensageiro que transmitia as palavras de Deus ao povo. Às vezes, a mensagem se referia a eventos futuros, mas na maioria das vezes não; estava relacionada ao dia a dia das pessoas.
Deus guiou os profetas de maneira que registrassem precisamente o que Ele queria que fosse escrito. Ao mesmo tempo, Deus permitia ao escritor humano registrar Sua Palavra — a Palavra de Deus — no estilo próprio do profeta, mas sem nenhum erro. Esses homens não estavam livres para acrescentar seus pensamentos particulares à mensagem; nem essa era algo proveniente da sua própria imaginação.
… saibam que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal, pois jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, impelidos … 2 Pedro 1.20-21
Deus não colocou o seu carimbo de aprovação sobre algum tipo de literatura feita pelo homem. A expressão impelidos é usada em outros lugares na Bíblia referindo-se ao transporte de um homem paralítico. Assim como um homem inválido não pode andar por suas próprias forças, os profetas não escreveram as Escrituras por sua própria vontade. A Bíblia é clara neste ponto — ela é a mensagem de Deus do início ao fim.

EXATIDÃO EXTREMA

Os profetas escreveram as palavras de Deus em rolos, normalmente uma pele de animal ou papel feito de fibra vegetal. Os originais eram chamados manuscritos.
Sendo que os manuscritos tinham uma duração limitada, faziam-se cópias dos rolos. Mas que cópias! E todas à mão! A consciência dos escritores de que aquilo que estavam registrando era a própria Palavra de Deus resultou em uma das mais notáveis tarefas de fotocópias já feitas. No texto hebraico …
Eles tinham todo cuidado possível. Nada era incômodo ou penoso a fim de garantir a transmissão exata do texto. Contavam o número de letras de um livro e destacavam a letra central, fazendo o mesmo com a palavra central.
Isso era feito tanto com a cópia como com o manuscrito original para garantir que eles fossem exatamente iguais.
Esses escribas eram tão precisos em sua transcrição que, quando os Rolos do Mar Morto foram encontrados (escritos em 100 a.C.), e comparados com manuscritos resultantes das cópias de cópias feitas cerca de 1000 anos mais tarde (900 d.C.), não se encontraram diferenças significativas no texto.
Josefo, um historiador judeu do primeiro século d.C., resumiu esse cuidado para o seu povo, quando declarou: … quão firmemente temos dado crédito aos livros da nossa própria nação, e isso é evidente pelo que fazemos; pois durante as muitas eras que já passamos, ninguém teve a ousadia de acrescentar qualquer coisa a eles; para tirar qualquer coisa deles ou fazer alguma mudança neles; mas tornou-se natural para todos os judeus … amar esses livros … divinos.
Esses homens estavam totalmente convencidos de que tentar mudar o texto era provocar o próprio Deus. Temos razões suficientes para assegurar que o texto que temos hoje é essencialmente o mesmo que os profetas escreveram.
Verdadeiramente, a Bíblia é um livro singular sob qualquer ponto de vista. Não admira que a Bíblia seja … o mais citado, o mais publicado, o mais traduzido e o mais influente livro na história da humanidade.

ANTIGO E NOVO TESTAMENTOS

Para começarmos a estudar a Bíblia, é importante saber que as Escrituras são divididas em duas seções maiores — o Antigo e o Novo Testamentos. Historicamente, a porção do Antigo Testamento foi subdividida em outras duas categorias:

1. A Lei de Moisés (às vezes referida como O Torah, Os Livros de Moisés ou A Lei)

2. Os Profetas (Mais tarde esta porção foi subdividida em mais uma terceira seção, chamada Os Escritos.)

Nas Escrituras, os títulos A Lei e Os Profetas são uma maneira de referir-se a todo Antigo Testamento — uma parte que compreende aproximadamente dois terços da Bíblia. A terceira parte restante é chamada O Novo Testamento.

PALAVRA DE DEUS

Lembre-se de que a divisão em categorias não é o ponto crucial. O importante é ter em mente que a Bíblia afirma ser a Palavra de Deus — a mensagem dele para a humanidade. Ela nos ensina que, através de suas páginas, podemos conhecer a Deus. Essa declaração deveria fazer com que até mesmo o mais indiferente dos homens pare e considere o que ela tem a dizer.
A tua palavra, SENHOR, para sempre está firmada nos céus. Salmo 119.89

Escola Bíblia: O Plano da Salvação – Lição 1

Escola Bíblia: O Plano da Salvação – Lição 1
Baseado no Livro: O Estranho no Caminho de Emaús
de John R. Cross


O ano — aproximadamente 33 d.C.
O sol do meio dia era escaldante. Tudo estava quieto. Até os pássaros se recusavam a cantar sob aquele calor excessivo. Cleopas chutou um torrão seco da estrada poeirenta e suspirou profundamente em sinal de cansaço. Apertando os olhos naquele mormaço, quase não podia distinguir o próximo cume. A poucos quilômetros, do outro lado, estava Emaús, sua casa e a de seu companheiro de viagem. O pôr-do-sol chegaria antes deles. Normalmente, eles teriam deixado Jerusalém mais cedo (afinal de contas, 11 quilômetros são uma caminhada razoável), mas os eventos da manhã os retiveram, pois desejavam notícias mais concretas. Emaús não tinha muito de cidade, mas hoje parecia muito atraente. Qualquer lugar o seria, menos Jerusalém com sua turba ruidosa, suas cortes romanas e seu governador, Pôncio Pilatos.
Os pensamentos de Cleopas foram trazidos abruptamente ao presente quando seu irritado companheiro de viagem lhe fez uma pergunta pela segunda vez. Os dois discutiam o que havia acontecido naquele dia e nos últimos anos, até que não houvesse mais nenhum detalhe a ser analisado. Cleopas estava exausto e, pior do que isso, confuso, com tudo o que havia ocorrido em Jerusalém. Naqueles dias, parecia que a vida continha mais perguntas do que respostas.
Arrastando-se colina abaixo, dobraram uma curva. Foi então que encontraram o estranho.
Horas mais tarde, no mesmo dia, na mesma noite, quando os dois voltaram a Jerusalém, quentes e suados — pois tinham se apressado — não conseguiram explicar aos seus amigos como o estranho se juntara aos dois. Primeiro, Cleopas pensou que ele tivesse saído da sombra de uma grande pedra, mas isto não se encaixou com a explicação de seu amigo. O fato era este: eles não estavam certos de onde ele surgira. Um pouco hesitante, Cleopas disse que o estranho simplesmente tinha aparecido. A reação dos amigos foram alguns comentários zombeteiros a respeito do calor e muito sol.
Mas de uma coisa eles estavam certos: durante várias horas o desconhecido explicou as antigas escrituras — a Bíblia — começando desde o princípio, e o fez de forma inacreditável. A mensagem do estranho fez desaparecer todo o desânimo e dúvida de suas mentes. Assim, impressionados pela nova compreensão que obtiveram, apressaram-se em todo o caminho de volta a Jerusalém para contarem aos seus amigos sobre O estranho. De algum modo, esses também precisavam ouvir a mensagem — a mensagem que Cleopas e seu companheiro haviam ouvido no CAMINHO DE EMAÚS.
Afinal, o que foi que O estranho falou sobre a Bíblia — para muitos, um livro confuso — que fez tanto sentido?
É disso que trata este livro. E para compreendê-lo claramente, faremos o que O estranho fez — começaremos desde o princípio.


COMPREENDENDO CORRETAMENTE AS COISAS

Pare e pense: é muito razoável gastar algumas horas da sua vida para tentar compreender a Bíblia.
Afinal, a Bíblia contém declarações muito profundas sobre a vida … e sobre a morte.
Durante séculos, a Bíblia tem sido um best seller (o livro mais vendido). Qualquer pessoa que pretende ter um mínimo de informação precisa entender seu conteúdo básico. Infelizmente, a Bíblia tem caído em descrédito, não pelo o que ela diz, mas porque alguns homens e mulheres famosos, que dizem seguir a Bíblia, fizeram algumas das piores escolhas na vida.
Da mesma forma, a mensagem do livro sofreu ataques, às vezes, por pessoas bem intencionadas, que nunca reservaram tempo para realmente entenderem o que ela diz.
Mas a Bíblia não mudou. E, apesar do que os hipócritas ou críticos dizem, vale a pena conhecê-la:
… para sua própria paz de espírito,
… para o bem da sua própria vida e para o bem da sua vida após a morte.


UM QUEBRA-CABEÇA

Em muitos sentidos, a Bíblia é como um quebra-cabeça. Com isso, não quero dizer que sua mensagem esteja oculta, mas que, para entendê-la corretamente, precisamos colocar as “peças bíblicas” no lugar certo. Podemos fazer isso aplicando quatro princípios básicos do aprendizado.

ALICERCES

O primeiro princípio é aquele que usamos todo o tempo. Para aprender qualquer conceito novo, é necessário construir desde o alicerce — partir do conhecido para o desconhecido. Você não começa ensinando matemática avançada para uma criança no jardim de infância. Antes, começa com os números básicos e segue do simples para o complexo. Se você omitir os alicerces, até mesmo os mais simples conceitos de matemática avançada estarão além da sua compreensão.
O mesmo ocorre com a Bíblia. Se você negligenciar os alicerces, seu entendimento bíblico abrigará algumas ideias estranhas, resultando uma mensagem confusa; o quebra-cabeça apresentará uma imagem errada. Neste estudo, começaremos com o básico e progrediremos a cada capítulo, construindo sobre os conhecimentos já obtidos.

CONSTRUINDO UM VARAL

O segundo princípio é importante, especialmente quando se aprende História ou quando se lê uma história. Resumindo, é o seguinte: comece do início e vá, em sequência até o fim. Pode parecer óbvio, mas muitas pessoas tendem a ler a Bíblia aos pouquinhos e não em sequência, nunca dedicando tempo para ligar as partes. Neste estudo, destacaremos os acontecimentos principais, enfileirando-os em sequência — como pendurar roupa em um varal. Como esta visão geral não abordará todos os assuntos, é de se esperar que haja algumas brechas no varal. Se você quiser, as brechas podem ser preenchidas mais tarde, depois que você tiver o quadro geral.
Embora esse varal não inclua todos os acontecimentos, os eventos que estudaremos se juntarão em uma mensagem contínua. Se você for um leitor típico, quando terminar a leitura deste livro, a Bíblia fará sentido de maneira extraordinária. De qualquer forma, fica totalmente a seu critério acreditar nela ou não. Eu espero sinceramente que você creia, mas essa escolha será sua. A tarefa deste estudo é ajudá-lo a entendê-la claramente.

SORVETE E SOPA

O terceiro princípio é de extrema importância. Não misture os temas — concentre-se em um tema por vez.
A Bíblia trata de diferentes questões. Ela pode ser comparada a um livro de culinária com suas diversas receitas. Tradicionalmente, a Bíblia tem sido fragmentada em tópicos, tais como: Deus, anjos, homem e profecias. A intenção era facilitar a compreensão, mas é preciso ter cuidado. Ao observarem assuntos bem parecidos em trechos diferentes, algumas pessoas tentam relacionar as ideias, frequentemente resultando em uma compreensão errada do significado original.
“É como pular de uma receita de sorvete de milho para uma receita de sopa de milho só porque ambas tem a palavra milho. Se você começar a fazer sorvete e terminar com a receita de sopa, esquentará o sorvete até ficar bem derretido! Ambas podem ter a palavra milho, mas, misturadas, formam uma comida esquisita!”
Se você ficar pulando de um tópico para o outro ao ler a Bíblia, o resultado será uma confusão — seu quebra-cabeça ficará desconjuntado. Para evitar confusões assim, iremos nos concentrar em um tema por vez.

PRIMEIRO, O RELEVANTE

Este último princípio — primeiro, o relevante — deve ser aplicado a qualquer situação de aprendizado de um conteúdo desconhecido para nós. A idéia é aprender os pontos mais importantes primeiro.
A Bíblia inclui uma imensa variedade de assuntos, mas nem todos têm a mesma importância. Neste estudo focalizaremos um tema maior — o tema mais significativo da Bíblia. Uma vez que o entendermos, a Bíblia terá um sentido profundo, e ao mesmo tempo simples.
A mistura de vários tópicos é uma das razões de encontrarmos muitos grupos diferentes de igrejas, religiões e seitas, que, em graus variados, defendem a Bíblia como seu livro. A “sopa” tem sido misturada com o “sorvete”. O quebra-cabeça apresenta um quadro sem sentido. Em alguns casos, a confusão é menor. Em outras situações, a desordem tem provocado resultados terríveis.


UM ÚNICO LIVRO

Não há dúvida sobre isto: a Bíblia é um livro inigualável. Na verdade, é uma coleção de livros; sessenta e seis ao todo. Um autor, escrevendo sobre a singularidade da Bíblia, expressou-se assim:

Aqui está um livro:
1. escrito ao longo de mais de 1500 anos;
2. escrito durante um período de mais de 40 gerações;
3. escrito por mais de 40 autores, provenientes das mais diversas posições e áreas de atividade — incluindo reis, camponeses, filósofos, pescadores, poetas, estadistas, sábios, etc.:
Moisés, um líder político, treinado nas universidades do Egito
Pedro, um pescador
Amós, um pastor
Josué, um general
Neemias, um copeiro
Daniel, um primeiro ministro
Lucas, um médico
Salomão, um rei
Mateus, um coletor de impostos
Paulo, um rabino
4. escrito em diferentes lugares:
No deserto, por Moisés
No calabouço, por Jeremias
Num palácio, por Daniel
Numa prisão, por Paulo
Durante viagens, por Lucas
Na ilha de Patmos, por João
Durante as durezas de uma campanha militar, por outros
5. escrito em épocas diferentes:
por Davi, em tempos de guerra
por Salomão, em tempos de paz
6. escrito com diferentes estados de ânimo:
alguns livros escritos no auge da alegria e outros nas profundezas da aflição e desespero
7. escrito em três continentes:
Ásia, África e Europa
8. escrito em três línguas:
hebraico, aramaico e grego
9. Finalmente, seu objeto de estudo inclui centenas de tópicos polêmicos. Observe-se ainda que os autores bíblicos escreveram harmoniosamente e com continuidade, de Gênesis a Apocalipse. Há somente uma história …
Essa única história é o que queremos estudar — de modo simples e sem as frases comuns dos estudiosos. Sem dúvida, a coisa mais singular da Bíblia é que ela afirma ser a própria palavra de Deus.

INSPIRADA POR DEUS

Muitas vezes chamada de “as Escrituras”, a Bíblia declara que …
Toda a Escritura é inspirada por Deus … 2 Timóteo 3.16
O conceito de Deus inspirando as Escrituras é um estudo em si mesmo. Assim como quando alguém solta o fôlego e este sai do mais profundo interior dessa pessoa, toda a Escritura deve ser vista como produto do próprio Deus. Deus e suas palavras são inseparáveis. Por isso a Bíblia frequentemente é chamada a Palavra de Deus.

PROFETAS

De modo bem simplificado, podemos definir assim: Deus falou a homens o que Ele queria registrar e esses homens o escreveram. A maioria deles foi chamada de profeta.
Há muito tempo Deus falou muitas vezes e de várias maneiras aos nossos antepassados por meio dos profetas … Hebreus 1.1
Hoje pensamos nos profetas como aqueles que predizem o futuro, mas nos tempos bíblicos um profeta era um mensageiro que transmitia as palavras de Deus ao povo. Às vezes, a mensagem se referia a eventos futuros, mas na maioria das vezes não; estava relacionada ao dia a dia das pessoas.
Deus guiou os profetas de maneira que registrassem precisamente o que Ele queria que fosse escrito. Ao mesmo tempo, Deus permitia ao escritor humano registrar Sua Palavra — a Palavra de Deus — no estilo próprio do profeta, mas sem nenhum erro. Esses homens não estavam livres para acrescentar seus pensamentos particulares à mensagem; nem essa era algo proveniente da sua própria imaginação.
… saibam que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal, pois jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens falaram da parte de Deus, impelidos … 2 Pedro 1.20-21
Deus não colocou o seu carimbo de aprovação sobre algum tipo de literatura feita pelo homem. A expressão impelidos é usada em outros lugares na Bíblia referindo-se ao transporte de um homem paralítico. Assim como um homem inválido não pode andar por suas próprias forças, os profetas não escreveram as Escrituras por sua própria vontade. A Bíblia é clara neste ponto — ela é a mensagem de Deus do início ao fim.

EXATIDÃO EXTREMA

Os profetas escreveram as palavras de Deus em rolos, normalmente uma pele de animal ou papel feito de fibra vegetal. Os originais eram chamados manuscritos.
Sendo que os manuscritos tinham uma duração limitada, faziam-se cópias dos rolos. Mas que cópias! E todas à mão! A consciência dos escritores de que aquilo que estavam registrando era a própria Palavra de Deus resultou em uma das mais notáveis tarefas de fotocópias já feitas. No texto hebraico …
Eles tinham todo cuidado possível. Nada era incômodo ou penoso a fim de garantir a transmissão exata do texto. Contavam o número de letras de um livro e destacavam a letra central, fazendo o mesmo com a palavra central.
Isso era feito tanto com a cópia como com o manuscrito original para garantir que eles fossem exatamente iguais.
Esses escribas eram tão precisos em sua transcrição que, quando os Rolos do Mar Morto foram encontrados (escritos em 100 a.C.), e comparados com manuscritos resultantes das cópias de cópias feitas cerca de 1000 anos mais tarde (900 d.C.), não se encontraram diferenças significativas no texto.
Josefo, um historiador judeu do primeiro século d.C., resumiu esse cuidado para o seu povo, quando declarou: … quão firmemente temos dado crédito aos livros da nossa própria nação, e isso é evidente pelo que fazemos; pois durante as muitas eras que já passamos, ninguém teve a ousadia de acrescentar qualquer coisa a eles; para tirar qualquer coisa deles ou fazer alguma mudança neles; mas tornou-se natural para todos os judeus … amar esses livros … divinos.
Esses homens estavam totalmente convencidos de que tentar mudar o texto era provocar o próprio Deus. Temos razões suficientes para assegurar que o texto que temos hoje é essencialmente o mesmo que os profetas escreveram.
Verdadeiramente, a Bíblia é um livro singular sob qualquer ponto de vista. Não admira que a Bíblia seja … o mais citado, o mais publicado, o mais traduzido e o mais influente livro na história da humanidade.

ANTIGO E NOVO TESTAMENTOS

Para começarmos a estudar a Bíblia, é importante saber que as Escrituras são divididas em duas seções maiores — o Antigo e o Novo Testamentos. Historicamente, a porção do Antigo Testamento foi subdividida em outras duas categorias:

1. A Lei de Moisés (às vezes referida como O Torah, Os Livros de Moisés ou A Lei)

2. Os Profetas (Mais tarde esta porção foi subdividida em mais uma terceira seção, chamada Os Escritos.)

Nas Escrituras, os títulos A Lei e Os Profetas são uma maneira de referir-se a todo Antigo Testamento — uma parte que compreende aproximadamente dois terços da Bíblia. A terceira parte restante é chamada O Novo Testamento.

PALAVRA DE DEUS

Lembre-se de que a divisão em categorias não é o ponto crucial. O importante é ter em mente que a Bíblia afirma ser a Palavra de Deus — a mensagem dele para a humanidade. Ela nos ensina que, através de suas páginas, podemos conhecer a Deus. Essa declaração deveria fazer com que até mesmo o mais indiferente dos homens pare e considere o que ela tem a dizer.
A tua palavra, SENHOR, para sempre está firmada nos céus. Salmo 119.89