Introdução
Quando ouvimos a palavra "igreja", talvez a primeira imagem a chegar em nossas mentes seja a de um prédio grande com torres e vidros ornamentados. Nossa cultura nos orienta a pensar na igreja como sendo um edifício. Isso, porem, não reflete o uso da palavra quando encontrada na Bíblia.
A palavra grega traduzida "igreja" no Novo Testamento é ekklesia, e seu significado é de uma "assembleia chamada para fora". Esta palavra é usada tanto para a igreja universal quanto à igreja local.


A Igreja Universal
A igreja universal é composta das pessoas salvas desde o dia de pentecostes (Atos 11:15) até a vinda de Cristo (1 Ts 4:15-17). Na Bíblia, este grupo se chama "o corpo de Cristo" (Efésios 1:22-23) e "a noiva de Cristo" (Efésios 5:25-27, Apocalipse 21:71). É importante entendermos que a igreja universal é distinta da nação de Israel (Romanos 11:25, Mateus 16:18).
Uma pessoa se torna parte da igreja universal no momento que é salva e habitada pelo Espírito Santo (1 Cor 12:13). Este mesmo Espírito nos concede dons que existem para a edificação do corpo como um todo (Romanos 12:4-8).


A Igreja Local
A igreja local é uma assembleia de crentes professos, batizados e organizados com o propósito de adoração, comunhão, e evangelização. Desde o início da igreja universal, podemos ver crentes mantendo reuniões regulares (Atos 20:7), escolhendo seus líderes (Atos 6), e enviando cartas de recomendação de uma igreja para outra (Atos 18:27).
As igrejas locais devem possuir suas lideranças próprias. A Palavra de Deus ensina dois ofícios para a igreja local: pastor e diácono.
Pastor
Na Bíblia encontramos três termos usados para a função pastoral: pastor--que enfatiza sua responsabilidade (Atos 20:28), bispo--que mostra a sua autoridade (I Timóteo 3:1), e presbítero--que indica a sua maturidade (Tito 1:5). Todos os três são usados juntos, se referindo ao mesmo grupo de pessoas, como em Atos 20:17 e 28.
Em I Timóteo 3:1-7 e Tito 1:5-9, encontramos as qualificações para um pastor. Ele precisa ser homem, irrepreensível, um exemplo no seu lar, e sã doutrina, apto para ensinar, maduro. Suas responsabilidades são de administrar (I Timóteo 5:17), pastorear (I Pedro 5:2), e educar (Tito 1:9) a igreja local.
Uma ótima citação resume o ofício pastoral
Um pastor é um homem a quem é dada responsabilidade sobre almas. Ele não é meramente um homem agradável que visita as pessoas, toma chá com elas, ou passa o dia com elas. Ele é o guardião, o mordomo, o protetor, o organizador, o diretor, o administrador do rebanho. ” Dr. Martin Lloyd Jones


Diácono
O sentido da palavra díácono é "servo". Suas qualificações são basicamente as mesmas que um pastor (I Timóteo 3:8-13).
O ofício de diácono tem um alvo principal: deixar o pastor livre para orar e ministrar a palavra de Deus (Atos 6:2-4). Isso pode incluir se responsabilizar por departamentos da igreja, cuidar de pessoas necessitadas, administrar o patrimônio, etc.
Conforme o exemplo de Atos 6, o diácono é escolhido pela congregação. A prática de muitas igrejas tem sido de ter diáconos que servem por um tempo determinado, para que outros possam servir também.


As Ordenanças
Cristo deu duas ordenanças à sua igreja: o batismo e a ceia. Estas ordenanças foram instituídas por Jesus (Mateus 26:26-29), observadas pela igreja primitiva (Atos 2:38-41), e (no caso da ceia) explicada nas epístolas (I Coríntios 11:23-35).
Batismo
O batismo é a imersão do crente em água como testemunho público da sua participação anterior na morte, sepultamento, e ressurreição de Cristo.
O batismo consiste em imergir uma pessoa, já salva, na água, em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo. Batizamos por imersão por causa do significado da palavra (baptidzo-- imergir), e os exemplos bíblicos (Marcos 1:10, João 3:23, Atos 8:38-38).
O batismo também mostra, de uma forma física e visual, o que acontece espiritualmente com o pecador quando ele é salvo: é morto, sepultado, e ressuscitado com Cristo, pelo Espírito Santo (Romanos 6:3-4, Colossenses 2:12)
O batismo é um dos pré-requisitos para se tornar um membro da igreja local (At 2:41).


A Ceia do Senhor
A celebração da Ceia do Senhor, instituída por Cristo antes da sua morte (Lucas 22:19-20), serve como comemoração comunitária da obra de Cristo na cruz. Os elementos da Ceia são pão e vinho (fruto da uva). Estes simbolizam a morte de Cristo (I Coríntios 11:26), e antecipam a sua volta (Mateus 26:29. I Coríntios 11:26).
Baseado em Atos 2:41-42, cremos que quem participa da Ceia deve ser uma pessoa crente em Jesus Cristo, batizada, e em comunhão com a sua igreja local.


O Governo da Igreja Local
Segundo o nosso entendimento da Bíblia, cremos que a igreja local é autônoma, não dependendo de nenhuma influência externa para as suas decisões internas (Mateus 18:15-17). Praticamos um sistema congregacional de governo, colocando na mão dos membros as decisões maiores, incluindo a escolha dos líderes (Atos 6:1-6) e o tratamento de conflitos entre os seus membros (Mateus 18:15-17)


Resolvendo Conflitos na Igreja Local
Vistos a origem da Igreja (Cristo), o manual da Igreja (a Bíblia), e a orientação da Igreja (o Espírito Santo), a igreja teria totais condições de ser sempre um pedaço de paraíso na terra. Porem, o fato é que ela é composta de pessoas pecadoras, e essas pessoas geram conflitos. Este conflito-- embora inevitável--deve ser tratado de uma forma bíblica.
Em Mateus 18:22, Jesus nos dá um processo para resolver conflitos entre membros da igreja local: exortação pessoal, exortação com testemunhas, exortação com a igreja local, e exclusão da igreja.
O apóstolo Paulo, em I Coríntios 5:1-5, instrui a igreja a lançar fora um homem que estava vivendo num estado de imoralidade aberta. Já em II Coríntios 2:5-11, ele pede à igreja recebê-lo de volta, após um genuíno arrependimento. Isto nos ensina que a disciplina na igreja deve ser direcionada a pessoas que estão em rebeldia, insistindo em seu pecado. À medida que a pessoa se arrepende, deve ser recebida de volta.
O princípio que deveria governar todo tratamento de um irmão pecador dentro da igreja local se encontra em Gálatas 6:1-2. Em tratar do irmão que tem falhado, devemos lembrar que somos capazes de cair também.


O Sustento da Igreja Local
Embora a igreja tenha um foco eterno, vivemos no mundo da atualidade, que funciona através de dinheiro e bens materiais. Por isso, é importante que os membros da igreja local sejam generosos com seus dízimos e ofertas, para que o trabalho do evangelho continue. Entre outras coisas, é essencial que a igreja sustente o pastor que traz, toda semana, a palavra de Deus (I Coríntios 9:14).
O dízimo--ou seja, a décima parte do salário--é um conceito desenvolvido no Antigo Testamento. Em Génesis 14:20, Abrão dá ao rei Melquizedeque a décima parte do despojo que ele ganhara na guerra dos nove reis. Depois, Deus ordenou que o seu povo desse o dízimo do fruto da terra para o sustento do labor do tabernáculo.
No Novo Testamento, porém, não temos nenhum mandamento para os crentes continuarem a prática do dízimo. O que temos são exemplos dos irmãos da igreja primitiva dando o que podiam com bastante alegria. (Atos 4:32-37, 2 Cor 8:1,2). Paulo, portanto, estabelece o princípio de "dar com alegria" (II Coríntios 9:7).
Então, o crente deve dar ou não o dízimo? Entendemos que o ensino bíblico para a igreja seja contribuir “com alegria” segundo Deus tem “proposto no coração”. Isso não deve ser desculpa para dar o mínimo que podemos. O crente que entende que tudo o que tem vem do Senhor, terá enorme alegria em devolver a Deus, para o crescimento da sua obra. O grande exemplo para nós está em Mateus 12:41-43.




A relação entre Igrejas Locais
Quanto a isso, nossa Confissão resume bem:
A relação da igreja local com outras igrejas, denominações ou organizações religiosas deve ser feita quando ambas as partes aderem à verdade bíblica. Por isso, não deve haver vínculo cooperativo quando há discordância em pontos essenciais da fé cristã histórica. Além isso, embora se possa manter comunhão em nível pessoal com crentes de denominações diferentes (mas não herético), a relação institucional com tais grupos deve ser evitada quando essa cooperação limitar e/ou dificultar a propagação pura e simples do evangelho da graça de Cristo.” (pág 11)


Desta forma rejeitamos
O ecumenismo, que defende a união de igrejas, embora estas creiam de maneiras distintas em pontos fundamentais.

A cooperação eclesiástica com igrejas pentecostais e neopentecostais, que possuem uma prática tão distinta que limitam nossa mensagem.

O Que Cremos Sobre a Igreja

Introdução
Quando ouvimos a palavra "igreja", talvez a primeira imagem a chegar em nossas mentes seja a de um prédio grande com torres e vidros ornamentados. Nossa cultura nos orienta a pensar na igreja como sendo um edifício. Isso, porem, não reflete o uso da palavra quando encontrada na Bíblia.
A palavra grega traduzida "igreja" no Novo Testamento é ekklesia, e seu significado é de uma "assembleia chamada para fora". Esta palavra é usada tanto para a igreja universal quanto à igreja local.


A Igreja Universal
A igreja universal é composta das pessoas salvas desde o dia de pentecostes (Atos 11:15) até a vinda de Cristo (1 Ts 4:15-17). Na Bíblia, este grupo se chama "o corpo de Cristo" (Efésios 1:22-23) e "a noiva de Cristo" (Efésios 5:25-27, Apocalipse 21:71). É importante entendermos que a igreja universal é distinta da nação de Israel (Romanos 11:25, Mateus 16:18).
Uma pessoa se torna parte da igreja universal no momento que é salva e habitada pelo Espírito Santo (1 Cor 12:13). Este mesmo Espírito nos concede dons que existem para a edificação do corpo como um todo (Romanos 12:4-8).


A Igreja Local
A igreja local é uma assembleia de crentes professos, batizados e organizados com o propósito de adoração, comunhão, e evangelização. Desde o início da igreja universal, podemos ver crentes mantendo reuniões regulares (Atos 20:7), escolhendo seus líderes (Atos 6), e enviando cartas de recomendação de uma igreja para outra (Atos 18:27).
As igrejas locais devem possuir suas lideranças próprias. A Palavra de Deus ensina dois ofícios para a igreja local: pastor e diácono.
Pastor
Na Bíblia encontramos três termos usados para a função pastoral: pastor--que enfatiza sua responsabilidade (Atos 20:28), bispo--que mostra a sua autoridade (I Timóteo 3:1), e presbítero--que indica a sua maturidade (Tito 1:5). Todos os três são usados juntos, se referindo ao mesmo grupo de pessoas, como em Atos 20:17 e 28.
Em I Timóteo 3:1-7 e Tito 1:5-9, encontramos as qualificações para um pastor. Ele precisa ser homem, irrepreensível, um exemplo no seu lar, e sã doutrina, apto para ensinar, maduro. Suas responsabilidades são de administrar (I Timóteo 5:17), pastorear (I Pedro 5:2), e educar (Tito 1:9) a igreja local.
Uma ótima citação resume o ofício pastoral
Um pastor é um homem a quem é dada responsabilidade sobre almas. Ele não é meramente um homem agradável que visita as pessoas, toma chá com elas, ou passa o dia com elas. Ele é o guardião, o mordomo, o protetor, o organizador, o diretor, o administrador do rebanho. ” Dr. Martin Lloyd Jones


Diácono
O sentido da palavra díácono é "servo". Suas qualificações são basicamente as mesmas que um pastor (I Timóteo 3:8-13).
O ofício de diácono tem um alvo principal: deixar o pastor livre para orar e ministrar a palavra de Deus (Atos 6:2-4). Isso pode incluir se responsabilizar por departamentos da igreja, cuidar de pessoas necessitadas, administrar o patrimônio, etc.
Conforme o exemplo de Atos 6, o diácono é escolhido pela congregação. A prática de muitas igrejas tem sido de ter diáconos que servem por um tempo determinado, para que outros possam servir também.


As Ordenanças
Cristo deu duas ordenanças à sua igreja: o batismo e a ceia. Estas ordenanças foram instituídas por Jesus (Mateus 26:26-29), observadas pela igreja primitiva (Atos 2:38-41), e (no caso da ceia) explicada nas epístolas (I Coríntios 11:23-35).
Batismo
O batismo é a imersão do crente em água como testemunho público da sua participação anterior na morte, sepultamento, e ressurreição de Cristo.
O batismo consiste em imergir uma pessoa, já salva, na água, em nome do Pai, do Filho, e do Espírito Santo. Batizamos por imersão por causa do significado da palavra (baptidzo-- imergir), e os exemplos bíblicos (Marcos 1:10, João 3:23, Atos 8:38-38).
O batismo também mostra, de uma forma física e visual, o que acontece espiritualmente com o pecador quando ele é salvo: é morto, sepultado, e ressuscitado com Cristo, pelo Espírito Santo (Romanos 6:3-4, Colossenses 2:12)
O batismo é um dos pré-requisitos para se tornar um membro da igreja local (At 2:41).


A Ceia do Senhor
A celebração da Ceia do Senhor, instituída por Cristo antes da sua morte (Lucas 22:19-20), serve como comemoração comunitária da obra de Cristo na cruz. Os elementos da Ceia são pão e vinho (fruto da uva). Estes simbolizam a morte de Cristo (I Coríntios 11:26), e antecipam a sua volta (Mateus 26:29. I Coríntios 11:26).
Baseado em Atos 2:41-42, cremos que quem participa da Ceia deve ser uma pessoa crente em Jesus Cristo, batizada, e em comunhão com a sua igreja local.


O Governo da Igreja Local
Segundo o nosso entendimento da Bíblia, cremos que a igreja local é autônoma, não dependendo de nenhuma influência externa para as suas decisões internas (Mateus 18:15-17). Praticamos um sistema congregacional de governo, colocando na mão dos membros as decisões maiores, incluindo a escolha dos líderes (Atos 6:1-6) e o tratamento de conflitos entre os seus membros (Mateus 18:15-17)


Resolvendo Conflitos na Igreja Local
Vistos a origem da Igreja (Cristo), o manual da Igreja (a Bíblia), e a orientação da Igreja (o Espírito Santo), a igreja teria totais condições de ser sempre um pedaço de paraíso na terra. Porem, o fato é que ela é composta de pessoas pecadoras, e essas pessoas geram conflitos. Este conflito-- embora inevitável--deve ser tratado de uma forma bíblica.
Em Mateus 18:22, Jesus nos dá um processo para resolver conflitos entre membros da igreja local: exortação pessoal, exortação com testemunhas, exortação com a igreja local, e exclusão da igreja.
O apóstolo Paulo, em I Coríntios 5:1-5, instrui a igreja a lançar fora um homem que estava vivendo num estado de imoralidade aberta. Já em II Coríntios 2:5-11, ele pede à igreja recebê-lo de volta, após um genuíno arrependimento. Isto nos ensina que a disciplina na igreja deve ser direcionada a pessoas que estão em rebeldia, insistindo em seu pecado. À medida que a pessoa se arrepende, deve ser recebida de volta.
O princípio que deveria governar todo tratamento de um irmão pecador dentro da igreja local se encontra em Gálatas 6:1-2. Em tratar do irmão que tem falhado, devemos lembrar que somos capazes de cair também.


O Sustento da Igreja Local
Embora a igreja tenha um foco eterno, vivemos no mundo da atualidade, que funciona através de dinheiro e bens materiais. Por isso, é importante que os membros da igreja local sejam generosos com seus dízimos e ofertas, para que o trabalho do evangelho continue. Entre outras coisas, é essencial que a igreja sustente o pastor que traz, toda semana, a palavra de Deus (I Coríntios 9:14).
O dízimo--ou seja, a décima parte do salário--é um conceito desenvolvido no Antigo Testamento. Em Génesis 14:20, Abrão dá ao rei Melquizedeque a décima parte do despojo que ele ganhara na guerra dos nove reis. Depois, Deus ordenou que o seu povo desse o dízimo do fruto da terra para o sustento do labor do tabernáculo.
No Novo Testamento, porém, não temos nenhum mandamento para os crentes continuarem a prática do dízimo. O que temos são exemplos dos irmãos da igreja primitiva dando o que podiam com bastante alegria. (Atos 4:32-37, 2 Cor 8:1,2). Paulo, portanto, estabelece o princípio de "dar com alegria" (II Coríntios 9:7).
Então, o crente deve dar ou não o dízimo? Entendemos que o ensino bíblico para a igreja seja contribuir “com alegria” segundo Deus tem “proposto no coração”. Isso não deve ser desculpa para dar o mínimo que podemos. O crente que entende que tudo o que tem vem do Senhor, terá enorme alegria em devolver a Deus, para o crescimento da sua obra. O grande exemplo para nós está em Mateus 12:41-43.




A relação entre Igrejas Locais
Quanto a isso, nossa Confissão resume bem:
A relação da igreja local com outras igrejas, denominações ou organizações religiosas deve ser feita quando ambas as partes aderem à verdade bíblica. Por isso, não deve haver vínculo cooperativo quando há discordância em pontos essenciais da fé cristã histórica. Além isso, embora se possa manter comunhão em nível pessoal com crentes de denominações diferentes (mas não herético), a relação institucional com tais grupos deve ser evitada quando essa cooperação limitar e/ou dificultar a propagação pura e simples do evangelho da graça de Cristo.” (pág 11)


Desta forma rejeitamos
O ecumenismo, que defende a união de igrejas, embora estas creiam de maneiras distintas em pontos fundamentais.

A cooperação eclesiástica com igrejas pentecostais e neopentecostais, que possuem uma prática tão distinta que limitam nossa mensagem.




Rom 8:28  Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.

            O texto de Romanos 8:28 é um daqueles prediletos de muita gente. Se fizéssemos uma pesquisa, não seria surpreendente ver este versículo como um dos mais conhecidos dos evangélicos, mais até, talvez, do que João 3:16. O motivo para isso reside no fato da cada vez mais crescente mania evangélica de considerar a Bíblia como um livro de autoajuda. Consequentemente, aqueles versículos que motivam, falam de triunfo, consolam e animam serão os prediletos nas pregações e nas conversas informais.
             No caso desse texto, não é incomum vê-lo sendo utilizado com propósitos motivacionais. Porém, para entendermos como ele é usado para motivar, imagine uma situação onde você é dono de uma empresa, e então descobre que ela vai à falência. Um amado irmão em Cristo, na expectativa de te animar, chega para você e diz “Querido, saiba que todas as coisas cooperam para o nosso bem. Deus há de te dar uma empresa melhor e maior. Você vai sair dessa!”.
Esta pessoa entende que tal versículo significa que todas as coisas que ocorrem na sua vida cooperam para circunstâncias ainda melhores. Ou seja, se um ladrão te furta algo, é porque Deus vai te dar algo melhor ainda. Se você termina um namoro, é porque Deus vai te dar um namoro ainda melhor. Se você não passa na prova do vestibular, é porque Deus vai te colocar em uma faculdade superior. Porém, será que é isso mesmo?
Não, não é isso! Não é isso que o texto ensina. Na verdade, o problema todo reside no que o apóstolo Paulo, o escritor desse texto, quer dizer com a palavrinha “bem”. E a resposta está um versículo depois, em Romanos 8:29:
Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.”
Note que este versículo começa com a conjunção “Porquanto”. Isto significa que este versículo explica algo do anterior. O verso 28 ensina que tudo coopera para o bem daqueles a quem Deus chamou segundo o seu propósito. A pergunta, então, é “Por que tudo coopera para o nosso bem?”.
A resposta é que Deus nos chamou para um propósito, descrito no verso 29, o de sermos conformes (da mesma forma) à imagem de Cristo. Ou seja, Deus nos chamou para sermos parecidos com Cristo; para que Cristo seja transparecido por meio de nossas vidas. Deus já nos destinou de antemão para isso, mas ele já está trabalhando em nós para este fim.
Outros textos da Bíblia mostram como Deus tanto deseja que sejamos cada vez mais parecidos com Cristo, quanto que isso ocorrerá plenamente no futuro. Veja alguns exemplos:
Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos e vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou” Col 3:9,10
Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.” 1 Jo 3:2
Note como o primeiro versículo mostra que já estamos sendo feitos à imagem de Cristo. Já o segundo versículo diz que, quando Cristo vier, seremos semelhantes a ele (você lembra da expressão “imagem e semelhança” lá de Gênesis? São palavras sinônimas, por isso o termo “semelhança” é usado em 1 João).
Agora sim podemos entender o que Paulo quis dizer com a palavrinha “bem” em Rm 8:28. Com esta palavra, o apóstolo tinha em mente o propósito de Deus de nos tornar mais semelhantes a Cristo. Ou seja, tudo o que acontece na vida dos crentes tem o propósito de torna-los mais parecidos com o Senhor Jesus Cristo. Este é o nosso “bem”.
O real valor, portanto, desse trecho que analisamos é entender qual é, de fato, o maior bem de nossas vidas, aquilo pelo qual devemos desejar com mais vigor. Se tivermos como nosso maior desejo o ser mais parecidos com Cristo, então este versículo é extremamente apropriado para nos consolar e motivar nas dificuldades. A perda de um emprego, a perda de um ente querido, a descoberta de uma doença, o fracasso em uma prova importante, tudo isso tem o propósito de nos tornar mais semelhantes a Cristo. Nossas dificuldades servem como um martelo na mão do escultor, que vai retirando excessos e dando a forma apropriada à sua escultura.
Por isso, quando for utilizar este trecho para o seu próprio consolo, ou o consolo de alguém, simplesmente troque a palavrinha “bem” por “nos tornar mais parecidos com Cristo”. Desta forma, você usará este texto em seu contexto, e oferecerá um consolo apropriado para todas as circunstâncias.

In omnibus glorifectur Deus.

  

Texto fora de Contexto - Romanos 8:28





Rom 8:28  Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.

            O texto de Romanos 8:28 é um daqueles prediletos de muita gente. Se fizéssemos uma pesquisa, não seria surpreendente ver este versículo como um dos mais conhecidos dos evangélicos, mais até, talvez, do que João 3:16. O motivo para isso reside no fato da cada vez mais crescente mania evangélica de considerar a Bíblia como um livro de autoajuda. Consequentemente, aqueles versículos que motivam, falam de triunfo, consolam e animam serão os prediletos nas pregações e nas conversas informais.
             No caso desse texto, não é incomum vê-lo sendo utilizado com propósitos motivacionais. Porém, para entendermos como ele é usado para motivar, imagine uma situação onde você é dono de uma empresa, e então descobre que ela vai à falência. Um amado irmão em Cristo, na expectativa de te animar, chega para você e diz “Querido, saiba que todas as coisas cooperam para o nosso bem. Deus há de te dar uma empresa melhor e maior. Você vai sair dessa!”.
Esta pessoa entende que tal versículo significa que todas as coisas que ocorrem na sua vida cooperam para circunstâncias ainda melhores. Ou seja, se um ladrão te furta algo, é porque Deus vai te dar algo melhor ainda. Se você termina um namoro, é porque Deus vai te dar um namoro ainda melhor. Se você não passa na prova do vestibular, é porque Deus vai te colocar em uma faculdade superior. Porém, será que é isso mesmo?
Não, não é isso! Não é isso que o texto ensina. Na verdade, o problema todo reside no que o apóstolo Paulo, o escritor desse texto, quer dizer com a palavrinha “bem”. E a resposta está um versículo depois, em Romanos 8:29:
Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.”
Note que este versículo começa com a conjunção “Porquanto”. Isto significa que este versículo explica algo do anterior. O verso 28 ensina que tudo coopera para o bem daqueles a quem Deus chamou segundo o seu propósito. A pergunta, então, é “Por que tudo coopera para o nosso bem?”.
A resposta é que Deus nos chamou para um propósito, descrito no verso 29, o de sermos conformes (da mesma forma) à imagem de Cristo. Ou seja, Deus nos chamou para sermos parecidos com Cristo; para que Cristo seja transparecido por meio de nossas vidas. Deus já nos destinou de antemão para isso, mas ele já está trabalhando em nós para este fim.
Outros textos da Bíblia mostram como Deus tanto deseja que sejamos cada vez mais parecidos com Cristo, quanto que isso ocorrerá plenamente no futuro. Veja alguns exemplos:
Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos e vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou” Col 3:9,10
Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque haveremos de vê-lo como ele é.” 1 Jo 3:2
Note como o primeiro versículo mostra que já estamos sendo feitos à imagem de Cristo. Já o segundo versículo diz que, quando Cristo vier, seremos semelhantes a ele (você lembra da expressão “imagem e semelhança” lá de Gênesis? São palavras sinônimas, por isso o termo “semelhança” é usado em 1 João).
Agora sim podemos entender o que Paulo quis dizer com a palavrinha “bem” em Rm 8:28. Com esta palavra, o apóstolo tinha em mente o propósito de Deus de nos tornar mais semelhantes a Cristo. Ou seja, tudo o que acontece na vida dos crentes tem o propósito de torna-los mais parecidos com o Senhor Jesus Cristo. Este é o nosso “bem”.
O real valor, portanto, desse trecho que analisamos é entender qual é, de fato, o maior bem de nossas vidas, aquilo pelo qual devemos desejar com mais vigor. Se tivermos como nosso maior desejo o ser mais parecidos com Cristo, então este versículo é extremamente apropriado para nos consolar e motivar nas dificuldades. A perda de um emprego, a perda de um ente querido, a descoberta de uma doença, o fracasso em uma prova importante, tudo isso tem o propósito de nos tornar mais semelhantes a Cristo. Nossas dificuldades servem como um martelo na mão do escultor, que vai retirando excessos e dando a forma apropriada à sua escultura.
Por isso, quando for utilizar este trecho para o seu próprio consolo, ou o consolo de alguém, simplesmente troque a palavrinha “bem” por “nos tornar mais parecidos com Cristo”. Desta forma, você usará este texto em seu contexto, e oferecerá um consolo apropriado para todas as circunstâncias.

In omnibus glorifectur Deus.

  

Quando pensei em escrever a série “O que a Bíblia diz sobre...”, minha intensão inicial era lidar com aqueles assuntos que não são tratados diretamente na Bíblia, mas que podemos encontrar nela princípios norteadores. Por exemplo, o que a Bíblia diz sobre carnaval, tomar cerveja, assistir MMA, votar em um político, e etc.
Todavia, foi-me sugerido falar sobre casamento e, interessantemente, eu topei na hora, muito embora a Bíblia fale diretamente sobre este assunto. O motivo da minha aceitação a esse assunto é que, infelizmente, o conceito bíblico de casamento tem sido amplamente esquecido, inclusive no meio do povo de Deus. Não é mais a Bíblia quem tem tido a autoridade de dizer o que é casamento, mas o Estado, ou pior ainda, a TV.
Por isso, nos dias atuais, a pergunta “O que a Bíblia diz sobre o casamento” é praticamente antiquada, cafona. Assim, para algum possível leitor deste texto que não seja um seguidor de Cristo e possa pensar desta maneira, quero dizer que não abro mão de seguir a Bíblia neste assunto e, portanto, peço seu respeito e ponderação sobre o ensino bíblico. Não obstante, para você outro que segue a Cristo, peço sua atenção para que avalie de onde tem vindo a sua compreensão acerca do casamento.
A Bíblia fala muito sobre o casamento. Livros e mais livros têm sido escritos analisando todo tipo de texto relacionado a este assunto, e todas as formas de aplicações práticas de tais passagens bíblicas. Aqui, quero me deter no coração da questão, que é o conceito bíblico do matrimônio. Assim, a pergunta mais precisa seria “O que a Bíblia diz sobre O QUE É casamento”. Para isso, não há melhor texto do que Gênesis 2:24, que diz:
Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.”

Este texto faz parte do contexto maior da narrativa da criação de Deus. Os capítulos 1 e 2 descrevem todo o processo da obra da criação. À partir do capítulo 3, o assunto muda. E aqui está o primeiro e mais importante ensino bíblico sobre o casamento: ele é uma invenção de Deus. Não foi o homem quem inventou o casamento, foi Deus. Deus quem idealizou e concedeu aos homens e mulheres o privilégio desta instituição. Por isso, quem melhor poderia nos dizer o que é o casamento, senão o seu inventor?
Este pequeno trecho bíblico é exatamente isto, Deus nos dizendo o seu conceito de casamento. Note que o escritor de Gênesis para de contar uma história usando verbos no passado, e profere um ensino no tempo presente. Ele não diz “por isso deixou...”, mas “Por isso, deixa... se une”. Ele usa verbos no presente porque não quer mais contar uma história, mas transmitir um conceito. Que conceito? O conceito do casamento. Vamos analisa-lo, então.
Veja, em primeiríssimo lugar, que o casamento é uma união de um homem e uma mulher. Esta é a essência do matrimônio, a união de duas pessoas. Por isso, o casamento envolve também uma separação, a dos pais. O homem, e consequentemente a mulher, precisa se separar fisicamente e psicologicamente de seus pais, e unir-se também fisicamente e psicologicamente à sua esposa. Ou seja, eles, o homem e a mulher, deixarão de serem filhos em primeiro lugar, para serem marido e mulher.
O casamento é, assim, a criação de uma nova família. É a constituição de um novo lar, uma nova casa. Não é apenas quando o casal tem filhos que se inicia uma família. O casal já é uma família. É isso que se quer dizer com “deixar pai e mãe e unir-se”. Por isso, embora seja fundamental e indispensável o reconhecimento social do matrimônio, é no momento em que o casal une-se em uma nova casa, formando uma nova família, que o casamento acontece.
Em segundo lugar, o texto nos ensina que o casamento também é um “tornar-se uma só carne”. Embora a expressão “uma só carne” seja usada em outro lugar na Bíblia como uma referência à relação sexual (1 Co 6:16), aqui ela tem um sentido bem mais abrangente, que inclui a relação íntima. O sentido aqui é de uma união total e indissolúvel. Como sabemos disso? Pela interpretação de Jesus desse texto. Veja o que ele diz em Mateus 19:4-6:
Então, respondeu ele: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.”
Note que a compreensão de Cristo desta expressão “tornar-se uma só carne” é de uma união feita diante de Deus e que é tão forte e sagrada que o homem não deve intencionar em desfazê-la. Portanto, tornar-se uma só carne com alguém é promover uma integração total com o cônjuge, de forma que os dois terão tudo em comum, como mesma casa, mesma renda, mesmos filhos, mesmos planos, mesmos prazeres sexuais.
Em resumo, o casamento pode ser definido como a união, diante de Deus, de um homem e uma mulher, para constituir uma nova família, por meio de uma integração total de suas vidas. É isso o que a Bíblia diz sobre o que é o casamento. Com base nisso, precisamos tirar algumas implicações.
1)    Deus proíbe a poligamia. Deus criou uma esposa para Adão, e disse que o homem deveria unir-se à sua mulher. Por isso, o casamento deve ser entre apenas um homem e uma mulher.
2)    Deus proíbe a homossexualidade. O relacionamento conjugal, incluindo o sexual, deve ser entre pessoas de sexos distintos. A homossexualidade é uma deturpação do plano original de Deus.
3)    O casamento é o ambiente estipulado por Deus para a união do homem com uma mulher. Uniões comuns hoje, como “morar juntos”, ou manter relações sexuais fora do casamento, também são deturpações do plano inicial de Deus. Apenas o casamento é o ambiente permitido por Deus para que um casal se una, e, além disso, é o único ambiente seguro para isso.
4)    Deus não deseja que o casamento termine. Muito embora o divórcio tenha sido permitido na Bíblia em pouquíssimas exceções, a união matrimonial precisa ser encarada como indissolúvel. Casais em crise devem sempre procurar resolver seus problemas e jamais considerar a separação como opção.
5)    A interferência de terceiros no casamento sempre é prejudicial e proibida por Deus. Se o casamento é a união de um homem e uma mulher, a matemática dita que seja a união de duas pessoas. Por isso, formas de inclusão de uma terceira pessoa na relação são proibidas por Deus. Uma destas formas é o adultério, onde uma terceira pessoa interfere na união íntima do casal. Outra forma é a interferência de familiares, ou de amigos do casal, ou até mesmo de irmãos da igreja, tornando-se parte integrante da relação conjugal, exercendo papeis que deveriam ser exercidos pelo marido ou pela esposa. É exatamente por isso que se recomendam coisas como não permitir, salvo raríssimas exceções, que familiares morem com o casal; ter amigos em comum; desenvolver lazeres e programas que envolvam o cônjuge. Tudo o que prejudica a união inviolável do casamento deve ser evitado. E tudo o que promova, deve ser aproveitado.
6)    Não são os filhos a essência da família, mas o casal. É comum vermos pais e mães que consideram os filhos as pessoas mais importantes de suas vidas. Não deve ser assim. Filhos vem, e devem ir. Filhos devem deixar seus pais para formar novas famílias, mas o marido e a esposa nunca devem deixar um ao outro. Por isso, o núcleo do casamento é o casal. E deixe-me dizer uma coisa: seus filhos vão gostar muito de ver que você ama mais ao seu papai ou a mamãe dele do que a ele mesmo. Não há nada melhor para um filho do que pais que se amam.

Este é o conceito bíblico do casamento. Meio antiquado para os nossos dias. Mas certamente é o único modelo que realmente funciona e, mais importante ainda, é o único modelo que glorifica a Deus.

Próxima semana, atendendo a um pedido, responderei à seguinte questão: O que a Bíblia diz sobre... ter amigos descrentes? E você, quer saber o que a Bíblia diz sobre algum assunto específico? Escreva no comentário, completando a frase "O que a Bíblia diz sobre...". Deus os abençoe

O que a Bíblia diz sobre... casamento?


Quando pensei em escrever a série “O que a Bíblia diz sobre...”, minha intensão inicial era lidar com aqueles assuntos que não são tratados diretamente na Bíblia, mas que podemos encontrar nela princípios norteadores. Por exemplo, o que a Bíblia diz sobre carnaval, tomar cerveja, assistir MMA, votar em um político, e etc.
Todavia, foi-me sugerido falar sobre casamento e, interessantemente, eu topei na hora, muito embora a Bíblia fale diretamente sobre este assunto. O motivo da minha aceitação a esse assunto é que, infelizmente, o conceito bíblico de casamento tem sido amplamente esquecido, inclusive no meio do povo de Deus. Não é mais a Bíblia quem tem tido a autoridade de dizer o que é casamento, mas o Estado, ou pior ainda, a TV.
Por isso, nos dias atuais, a pergunta “O que a Bíblia diz sobre o casamento” é praticamente antiquada, cafona. Assim, para algum possível leitor deste texto que não seja um seguidor de Cristo e possa pensar desta maneira, quero dizer que não abro mão de seguir a Bíblia neste assunto e, portanto, peço seu respeito e ponderação sobre o ensino bíblico. Não obstante, para você outro que segue a Cristo, peço sua atenção para que avalie de onde tem vindo a sua compreensão acerca do casamento.
A Bíblia fala muito sobre o casamento. Livros e mais livros têm sido escritos analisando todo tipo de texto relacionado a este assunto, e todas as formas de aplicações práticas de tais passagens bíblicas. Aqui, quero me deter no coração da questão, que é o conceito bíblico do matrimônio. Assim, a pergunta mais precisa seria “O que a Bíblia diz sobre O QUE É casamento”. Para isso, não há melhor texto do que Gênesis 2:24, que diz:
Por isso, deixa o homem pai e mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.”

Este texto faz parte do contexto maior da narrativa da criação de Deus. Os capítulos 1 e 2 descrevem todo o processo da obra da criação. À partir do capítulo 3, o assunto muda. E aqui está o primeiro e mais importante ensino bíblico sobre o casamento: ele é uma invenção de Deus. Não foi o homem quem inventou o casamento, foi Deus. Deus quem idealizou e concedeu aos homens e mulheres o privilégio desta instituição. Por isso, quem melhor poderia nos dizer o que é o casamento, senão o seu inventor?
Este pequeno trecho bíblico é exatamente isto, Deus nos dizendo o seu conceito de casamento. Note que o escritor de Gênesis para de contar uma história usando verbos no passado, e profere um ensino no tempo presente. Ele não diz “por isso deixou...”, mas “Por isso, deixa... se une”. Ele usa verbos no presente porque não quer mais contar uma história, mas transmitir um conceito. Que conceito? O conceito do casamento. Vamos analisa-lo, então.
Veja, em primeiríssimo lugar, que o casamento é uma união de um homem e uma mulher. Esta é a essência do matrimônio, a união de duas pessoas. Por isso, o casamento envolve também uma separação, a dos pais. O homem, e consequentemente a mulher, precisa se separar fisicamente e psicologicamente de seus pais, e unir-se também fisicamente e psicologicamente à sua esposa. Ou seja, eles, o homem e a mulher, deixarão de serem filhos em primeiro lugar, para serem marido e mulher.
O casamento é, assim, a criação de uma nova família. É a constituição de um novo lar, uma nova casa. Não é apenas quando o casal tem filhos que se inicia uma família. O casal já é uma família. É isso que se quer dizer com “deixar pai e mãe e unir-se”. Por isso, embora seja fundamental e indispensável o reconhecimento social do matrimônio, é no momento em que o casal une-se em uma nova casa, formando uma nova família, que o casamento acontece.
Em segundo lugar, o texto nos ensina que o casamento também é um “tornar-se uma só carne”. Embora a expressão “uma só carne” seja usada em outro lugar na Bíblia como uma referência à relação sexual (1 Co 6:16), aqui ela tem um sentido bem mais abrangente, que inclui a relação íntima. O sentido aqui é de uma união total e indissolúvel. Como sabemos disso? Pela interpretação de Jesus desse texto. Veja o que ele diz em Mateus 19:4-6:
Então, respondeu ele: Não tendes lido que o Criador, desde o princípio, os fez homem e mulher e que disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá a sua mulher, tornando-se os dois uma só carne? De modo que já não são mais dois, porém uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem.”
Note que a compreensão de Cristo desta expressão “tornar-se uma só carne” é de uma união feita diante de Deus e que é tão forte e sagrada que o homem não deve intencionar em desfazê-la. Portanto, tornar-se uma só carne com alguém é promover uma integração total com o cônjuge, de forma que os dois terão tudo em comum, como mesma casa, mesma renda, mesmos filhos, mesmos planos, mesmos prazeres sexuais.
Em resumo, o casamento pode ser definido como a união, diante de Deus, de um homem e uma mulher, para constituir uma nova família, por meio de uma integração total de suas vidas. É isso o que a Bíblia diz sobre o que é o casamento. Com base nisso, precisamos tirar algumas implicações.
1)    Deus proíbe a poligamia. Deus criou uma esposa para Adão, e disse que o homem deveria unir-se à sua mulher. Por isso, o casamento deve ser entre apenas um homem e uma mulher.
2)    Deus proíbe a homossexualidade. O relacionamento conjugal, incluindo o sexual, deve ser entre pessoas de sexos distintos. A homossexualidade é uma deturpação do plano original de Deus.
3)    O casamento é o ambiente estipulado por Deus para a união do homem com uma mulher. Uniões comuns hoje, como “morar juntos”, ou manter relações sexuais fora do casamento, também são deturpações do plano inicial de Deus. Apenas o casamento é o ambiente permitido por Deus para que um casal se una, e, além disso, é o único ambiente seguro para isso.
4)    Deus não deseja que o casamento termine. Muito embora o divórcio tenha sido permitido na Bíblia em pouquíssimas exceções, a união matrimonial precisa ser encarada como indissolúvel. Casais em crise devem sempre procurar resolver seus problemas e jamais considerar a separação como opção.
5)    A interferência de terceiros no casamento sempre é prejudicial e proibida por Deus. Se o casamento é a união de um homem e uma mulher, a matemática dita que seja a união de duas pessoas. Por isso, formas de inclusão de uma terceira pessoa na relação são proibidas por Deus. Uma destas formas é o adultério, onde uma terceira pessoa interfere na união íntima do casal. Outra forma é a interferência de familiares, ou de amigos do casal, ou até mesmo de irmãos da igreja, tornando-se parte integrante da relação conjugal, exercendo papeis que deveriam ser exercidos pelo marido ou pela esposa. É exatamente por isso que se recomendam coisas como não permitir, salvo raríssimas exceções, que familiares morem com o casal; ter amigos em comum; desenvolver lazeres e programas que envolvam o cônjuge. Tudo o que prejudica a união inviolável do casamento deve ser evitado. E tudo o que promova, deve ser aproveitado.
6)    Não são os filhos a essência da família, mas o casal. É comum vermos pais e mães que consideram os filhos as pessoas mais importantes de suas vidas. Não deve ser assim. Filhos vem, e devem ir. Filhos devem deixar seus pais para formar novas famílias, mas o marido e a esposa nunca devem deixar um ao outro. Por isso, o núcleo do casamento é o casal. E deixe-me dizer uma coisa: seus filhos vão gostar muito de ver que você ama mais ao seu papai ou a mamãe dele do que a ele mesmo. Não há nada melhor para um filho do que pais que se amam.

Este é o conceito bíblico do casamento. Meio antiquado para os nossos dias. Mas certamente é o único modelo que realmente funciona e, mais importante ainda, é o único modelo que glorifica a Deus.

Próxima semana, atendendo a um pedido, responderei à seguinte questão: O que a Bíblia diz sobre... ter amigos descrentes? E você, quer saber o que a Bíblia diz sobre algum assunto específico? Escreva no comentário, completando a frase "O que a Bíblia diz sobre...". Deus os abençoe


Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio delesMateus 18:20


Lembro como se fosse hoje! Eu, ainda criança, chego com meus pais na igreja para o culto. Notamos, então, que apenas a nossa família e mais outra estão presentes, e mais a família do pastor. Parece uma situação triste, pouca gente no culto. O que o pastor falaria, então, para consolar e animar aos presentes? Ele escolheu citar Mateus 18:20 para sabermos que Cristo estava entre nós! Mas, espera aí: Acho que não é bem assim...

Poucos textos são tão utilizados de maneira errônea quanto Mateus 18:20. Eu mesmo já ouvi este trecho sendo usado para oração em grupo, e até como base para dizer que não é preciso ir para o culto, pois a família com filhos já soma no mínimo 3! Porém, é da maneira como foi usado nesta minha experiência que ele mais é utilizado, para motivar a um grupo pequeno no culto, afirmando que, embora poucos, Cristo está presente.

Em primeiro lugar, não é errado motivar aos irmãos lembrando-lhes da presença de Cristo no culto. Porém, outros textos poderiam ser usados, pois o de Mateus 18:20 definitivamente não trata disso. De que trata, então?

Regrinha básica em ação: analise o texto no seu contexto. Fazendo isso, você notará que o contexto trata de disciplina na igreja. Jesus está ensinando aos seus discípulos sobre como lidar com um irmão que peca. Primeiro passo, falar com ele. Segundo passo, levar mais uma ou duas testemunhas (decore estes números). Terceiro passo, falar para a igreja. Se, depois de tudo isso, a pessoa recusa-se a abandonar o seu pecado, ela deve ser excluída da igreja.

Assim, os versos 18 e 19 mostram que este processo é autorizado por Deus. Preste bem atenção e você verá Jesus falando de “terra” e “céu” algumas vezes nestes versículos. O que ele quer dizer é que, embora o tratamento do pecado lide com problemas “aqui da terra”, Deus, que está “no céu”, também está relacionado.

Desta forma, veja que o versículo 20 começa com um “Porque”. Se começa assim, então ele está completando uma ideia anterior e, por isso, para entendê-lo, é preciso entender o dito anteriormente. Mas nós já sabemos que o contexto fala de Deus autorizando “no céu” o tratamento do pecado “na terra”. Portanto, o versículo 20 fala exatamente sobre isso também, sobre tratamento de pecado, e sobre autorização divina!

O ensino deste verso, então, é que quando dois ou três se reunirem para lidar com o pecado de um irmão, isto terá a autoridade da presença espiritual do próprio Cristo! O próprio Senhor Jesus estará presente quando o segundo passo começar a ser praticado, dando peso àquela situação de exortação.

Por isso, não use Mateus 18:20 para motivar os poucos crentes presente no culto. Mas você pode usar muito bem para motivar aos presentes em uma assembleia onde se discutirá um pecado a ser tratado de alguém, pois é sobre isso que este texto fala.

Texto fora de contexto... Mateus 18:20



Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio delesMateus 18:20


Lembro como se fosse hoje! Eu, ainda criança, chego com meus pais na igreja para o culto. Notamos, então, que apenas a nossa família e mais outra estão presentes, e mais a família do pastor. Parece uma situação triste, pouca gente no culto. O que o pastor falaria, então, para consolar e animar aos presentes? Ele escolheu citar Mateus 18:20 para sabermos que Cristo estava entre nós! Mas, espera aí: Acho que não é bem assim...

Poucos textos são tão utilizados de maneira errônea quanto Mateus 18:20. Eu mesmo já ouvi este trecho sendo usado para oração em grupo, e até como base para dizer que não é preciso ir para o culto, pois a família com filhos já soma no mínimo 3! Porém, é da maneira como foi usado nesta minha experiência que ele mais é utilizado, para motivar a um grupo pequeno no culto, afirmando que, embora poucos, Cristo está presente.

Em primeiro lugar, não é errado motivar aos irmãos lembrando-lhes da presença de Cristo no culto. Porém, outros textos poderiam ser usados, pois o de Mateus 18:20 definitivamente não trata disso. De que trata, então?

Regrinha básica em ação: analise o texto no seu contexto. Fazendo isso, você notará que o contexto trata de disciplina na igreja. Jesus está ensinando aos seus discípulos sobre como lidar com um irmão que peca. Primeiro passo, falar com ele. Segundo passo, levar mais uma ou duas testemunhas (decore estes números). Terceiro passo, falar para a igreja. Se, depois de tudo isso, a pessoa recusa-se a abandonar o seu pecado, ela deve ser excluída da igreja.

Assim, os versos 18 e 19 mostram que este processo é autorizado por Deus. Preste bem atenção e você verá Jesus falando de “terra” e “céu” algumas vezes nestes versículos. O que ele quer dizer é que, embora o tratamento do pecado lide com problemas “aqui da terra”, Deus, que está “no céu”, também está relacionado.

Desta forma, veja que o versículo 20 começa com um “Porque”. Se começa assim, então ele está completando uma ideia anterior e, por isso, para entendê-lo, é preciso entender o dito anteriormente. Mas nós já sabemos que o contexto fala de Deus autorizando “no céu” o tratamento do pecado “na terra”. Portanto, o versículo 20 fala exatamente sobre isso também, sobre tratamento de pecado, e sobre autorização divina!

O ensino deste verso, então, é que quando dois ou três se reunirem para lidar com o pecado de um irmão, isto terá a autoridade da presença espiritual do próprio Cristo! O próprio Senhor Jesus estará presente quando o segundo passo começar a ser praticado, dando peso àquela situação de exortação.

Por isso, não use Mateus 18:20 para motivar os poucos crentes presente no culto. Mas você pode usar muito bem para motivar aos presentes em uma assembleia onde se discutirá um pecado a ser tratado de alguém, pois é sobre isso que este texto fala.


Sem entrarmos no mérito da origem do carnaval, ou da definição etimológica do termo “carnaval”, todos sabemos que esta festa está estritamente relacionada a práticas imorais. Não é à toa que o governo realiza campanhas em favor do uso de preservativos neste período. Também, é neste período que mulheres desfilam praticamente nuas em uma avenida. Enfim, não seria nada difícil provar que o período carnavalesco é um período onde as pessoas dão vazão à imoralidade sem os devidos constrangimentos típicos da sociedade.
Por conta disso, não seria difícil também concluir que um crente no Senhor Jesus não deve querer participar desta festa, visto ordens bíblicas como “Fugi da impureza” (1 Coríntios 6:18) e “vos abstenham da prostituição” (1 Tessalonicenses 4:3). Porém, alguém pode ainda pensar em assistir aos “belos” desfiles das escolas de samba na TV, ou mesmo que mal haveria em ir a uma “confraternização” de carnaval da empresa. Por mais absurdo que pareça, não custa nada pensarmos: o crente pode pular carnaval?
Em primeiro lugar, é importante que se diga que a Bíblia não fala da festa do carnaval. Esta festividade é bem mais recente do que a Bíblia. Porém, a Bíblia fala com clareza sobre o que se faz no carnaval. O texto que me vem à mente é o de Efésios 5:3-11.
Neste trecho desta carta de Paulo, ele está falando sobre a santidade requerida daqueles que foram unidos a Cristo e unidos aos demais irmãos no Corpo de Cristo, que é a Igreja. Esta dupla união deve nos levar a “não mais andar como andam os gentios” (4:17). Como o próprio apóstolo enfatiza em 5:8 “outrora, ereis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz”.
Com isso em mente, chegamos ao versículo que, entendo eu, aplica-se perfeitamente à questão do carnaval. Veja o que o texto bíblico diz nos versículo 11.
“E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém reprovai-as”.
A palavra “cúmplice” possui a ideia de uma participação com alguém. É como ser cúmplice de um crime. É qualquer forma de participação intencional. E a exortação bíblica é que não devemos participar intencionalmente das obras infrutíferas das trevas. O pr John Macarthur, na sua Bíblia comentada, nos explica bem este trecho. Ele diz “os cristãos [..] não devem se envolver, de modo algum, com os caminhos maus e com as obras de Satanás e do mundo” (pg 1608). Portanto, ser cúmplice das obras infrutíferas das trevas é associar-se intencionalmente com qualquer prática que se origina de uma fonte contrária a Deus, como o mundo e o diabo.
O carnaval, claramente, é uma festa originada “nas trevas”. É uma festividade que em absolutamente nada glorifica a Deus, mas exalta o pecado, especialmente a imoralidade, a lascívia, a impureza. Desta maneira, podemos dizer que não deve haver nenhuma cumplicidade, ou nenhuma associação intencional entre o crente e o carnaval. Associações do tipo assistir aos desfiles na TV ou na cidade, ir a alguma festividade em praias, clubes ou praças, não seriam, portanto, recomendadas. Pelo contrário, o dever do crente é “reprovar”, rejeitar, acusar como ruim todas estas coisas.
Geralmente, as igrejas promovem retiros neste período para que os jovens, ou mesmo as famílias das igrejas tenham um tempo de reclusão deste período tão marcado pelo pecado. Esta é uma boa estratégia. Porém, se você não vai participar de um retiro assim no carnaval, retire-se a si mesmo e à sua família. Desligue a sua TV neste período. Evite praias, clubes, ou qualquer ambiente onde você sabe que está havendo festejos. Se possível, combine com sua igreja momentos de comunhão. Aproveite os feriados para ficar com sua família e com seus irmãos em Cristo.
Portanto, o que a Bíblia diz sobre pular carnaval? Ela diz que isso é associar-se com aquilo que não agrada a Deus e, por isso, não é recomendável àqueles que desejam andar na luz. Que este seja, enfim, o desejo e a postura de todos que queremos honrar ao Deus Santo.

Este é o primeiro texto da série "O que a Bíblia diz sobre...?" Se você deseja saber o ensino bíblico sobre algo, coloque nos comentários o seu complemento à esta frase. Por exemplo, "O que a Bíblia diz sobre...Palavrão?". Logo, logo, sua pergunta será respondida. 



O Que a Bíblia Diz Sobre... Pular Carnaval?



Sem entrarmos no mérito da origem do carnaval, ou da definição etimológica do termo “carnaval”, todos sabemos que esta festa está estritamente relacionada a práticas imorais. Não é à toa que o governo realiza campanhas em favor do uso de preservativos neste período. Também, é neste período que mulheres desfilam praticamente nuas em uma avenida. Enfim, não seria nada difícil provar que o período carnavalesco é um período onde as pessoas dão vazão à imoralidade sem os devidos constrangimentos típicos da sociedade.
Por conta disso, não seria difícil também concluir que um crente no Senhor Jesus não deve querer participar desta festa, visto ordens bíblicas como “Fugi da impureza” (1 Coríntios 6:18) e “vos abstenham da prostituição” (1 Tessalonicenses 4:3). Porém, alguém pode ainda pensar em assistir aos “belos” desfiles das escolas de samba na TV, ou mesmo que mal haveria em ir a uma “confraternização” de carnaval da empresa. Por mais absurdo que pareça, não custa nada pensarmos: o crente pode pular carnaval?
Em primeiro lugar, é importante que se diga que a Bíblia não fala da festa do carnaval. Esta festividade é bem mais recente do que a Bíblia. Porém, a Bíblia fala com clareza sobre o que se faz no carnaval. O texto que me vem à mente é o de Efésios 5:3-11.
Neste trecho desta carta de Paulo, ele está falando sobre a santidade requerida daqueles que foram unidos a Cristo e unidos aos demais irmãos no Corpo de Cristo, que é a Igreja. Esta dupla união deve nos levar a “não mais andar como andam os gentios” (4:17). Como o próprio apóstolo enfatiza em 5:8 “outrora, ereis trevas, porém, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz”.
Com isso em mente, chegamos ao versículo que, entendo eu, aplica-se perfeitamente à questão do carnaval. Veja o que o texto bíblico diz nos versículo 11.
“E não sejais cúmplices nas obras infrutíferas das trevas; antes, porém reprovai-as”.
A palavra “cúmplice” possui a ideia de uma participação com alguém. É como ser cúmplice de um crime. É qualquer forma de participação intencional. E a exortação bíblica é que não devemos participar intencionalmente das obras infrutíferas das trevas. O pr John Macarthur, na sua Bíblia comentada, nos explica bem este trecho. Ele diz “os cristãos [..] não devem se envolver, de modo algum, com os caminhos maus e com as obras de Satanás e do mundo” (pg 1608). Portanto, ser cúmplice das obras infrutíferas das trevas é associar-se intencionalmente com qualquer prática que se origina de uma fonte contrária a Deus, como o mundo e o diabo.
O carnaval, claramente, é uma festa originada “nas trevas”. É uma festividade que em absolutamente nada glorifica a Deus, mas exalta o pecado, especialmente a imoralidade, a lascívia, a impureza. Desta maneira, podemos dizer que não deve haver nenhuma cumplicidade, ou nenhuma associação intencional entre o crente e o carnaval. Associações do tipo assistir aos desfiles na TV ou na cidade, ir a alguma festividade em praias, clubes ou praças, não seriam, portanto, recomendadas. Pelo contrário, o dever do crente é “reprovar”, rejeitar, acusar como ruim todas estas coisas.
Geralmente, as igrejas promovem retiros neste período para que os jovens, ou mesmo as famílias das igrejas tenham um tempo de reclusão deste período tão marcado pelo pecado. Esta é uma boa estratégia. Porém, se você não vai participar de um retiro assim no carnaval, retire-se a si mesmo e à sua família. Desligue a sua TV neste período. Evite praias, clubes, ou qualquer ambiente onde você sabe que está havendo festejos. Se possível, combine com sua igreja momentos de comunhão. Aproveite os feriados para ficar com sua família e com seus irmãos em Cristo.
Portanto, o que a Bíblia diz sobre pular carnaval? Ela diz que isso é associar-se com aquilo que não agrada a Deus e, por isso, não é recomendável àqueles que desejam andar na luz. Que este seja, enfim, o desejo e a postura de todos que queremos honrar ao Deus Santo.

Este é o primeiro texto da série "O que a Bíblia diz sobre...?" Se você deseja saber o ensino bíblico sobre algo, coloque nos comentários o seu complemento à esta frase. Por exemplo, "O que a Bíblia diz sobre...Palavrão?". Logo, logo, sua pergunta será respondida. 



Professor: Pr Antônio Neto
Introdução
 A doutrina  da  salvação  requer que tenhamos compreendido  todas  as  outras  doutrinas vistas até aqui, pois veja:  A Bíblia é a revelação  da  salvação;  Deus é o autor da salvação; a salvação foi comprada por Jesus; o Espírito Santo é quem aplica a salvação; os anjos servem os salvos; o homem é o objeto da salvação; e o pecado é o motivo da salvação.
 Irmãos em Cristo  podem  ter  diferenças  em  muitas  áreas  de  doutrina  e  continuar  em  comunhão.  No ponto do evangelho, porem, não podemos vacilar, pois é  o destino eterno do homem que está em jogo. Neste estudo, portanto, iremos examinar os pontos mais salientes desta doutrina tão fundamental.

O Autor e Consumador da Salvação
 A morte de Jesus foi o ato que garantiu a  nossa salvação.  É  de grande  importância, então, que entendamos exatamente o que foi operado na cruz de Cristo.
 Alguns livros e filmes populares da atualidade ensinam que a morte de  Cristo  foi  um  pagamento feito ao Diabo. Outros afirmam que Cristo morreu para nos dar um bom exemplo, ou que Ele foi um mártir, que teve a coragem de morrer pelas suas convicções.
A Bíblia, porem, mostra claramente e repetidamente que Cristo morreu em substituição pelos pecados dos homens  (Isaías 53:6,  Marcos  10:45). Ou  seja,  na  cruz  Jesus tomou  o  castigo  divino  que  deveria  ter  sido nosso. Da mesma forma, a morte de Jesus foi o pagamento de uma pena (2 Coríntios 5:21). Assim, Jesus morreu em substituição dos pecadores para pagar a pena devida dos seus pecados.  
 Através deste sacrifício, Cristo comprou o pecador da escravidão (redenção, I Coríntios 6:19-20),  restaurou  a  comunhão  do  pecador  com  Deus  (reconciliação,  II  Coríntios  5:19),  e satisfez todas as justas exigências de Deus (propiciação, I João 2:2).
A Aplicação da Salvação
Visto essa maravilhosa obra que foi feita na cruz, como é que tão grande salvação chega a  ser  aplicada  ao  homem  (ou  mulher)  individual? 
 Através  do  nosso  estudo  sobre  os  homens, entendemos  que  o  homem  é totalmente  depravado,  incapaz  de  operar  sua  própria  salvação (Romanos 3:10-12, Efésios 2:1). Portanto, para o homem ser salvo, a iniciativa tem que partir de Deus.
A Bíblia ensina de uma forma clara e consistente que Deus nos escolheu para sermos salvos, mesmo antes de nascermos (II Tessalonicenses 2:13).  Esta eleição foi segundo a sua  vontade soberana  (Efésios  1:11),  baseada  completamente  na  sua graça (Efésios  2:8-9),  e  não  na presciência, ou por causa de algum mérito da nossa parte.
 O homem eleito, então, é chamado por Deus de uma forma irresistível (Romanos 8:30), através  de  uma  apresentação  do  evangelho  (II  Tessalonicenses  2:14),  pelo  poder  do  Espírito Santo (I Tessalonicenses 1:5).
 Esta chamada opera dois efeitos no homem. O primeiro efeito é o arrependimento, ou seja, uma mudança de ideia sobre Cristo e o pecado (Atos 2:38).  Este arrependimento é dom de Deus (II Timóteo 2:25), e não é uma mera resolução, sentimento, ou penitência. Envolve uma mudança de vida, divinamente operada pelo Espírito Santo (Atos 11:18).
 O segundo efeito da chamada de Deus é a fé. A fé é a convicção no testemunho da Palavra de Deus, e confiança na obra completa de Cristo na cruz, que resulta numa mudança de vida (Hebreus 11:1). É por meio da fé que recebemos todos os benefícios da cruz de Cristo (Romanos 5:1; Efésios 2:9,10).  
 A junção destes dois efeitos da chamada de Deus é chamada de conversão, ou seja, é o ato do eleito virar-se do pecado para Cristo (I Tessalonicenses 1:9).


Os Resultados da Salvação
 A salvação que temos em Cristo possui vários resultados. A Bíblia ensina que há três tipos de resultados, sobre os quais, para exemplificar, podemos dizer que fomos salvos (efeitos no momento da fé), estamos sendo salvos (efeitos em uma vida de fé) e seremos salvos (efeitos futuros da fé). Veremos estes três.  
No momento da fé, a Bíblia ensina os seguintes resultados: somos justificados (Romanos 5:1); tornamo-nos cidadãos do Céu (Filipenses 3:20); entramos na família de Deus através do novo nascimento (João 3:5) e da adoção (Gálatas 4:5); recebemos o Espírito Santo que nos guarda (Efésios 1:13,14) e nos insere no corpo de Cristo (1 Coríntios 12:13).
Durante uma vida de fé, o principal efeito da salvação é a santificação. Os salvos progressivamente vão se libertando dos efeitos do pecado, por meio da ação do Espírito Santo em suas vidas (Efésios 4:17-24). Também, a Bíblia  nos dá  a  certeza  de  que,  se  uma  pessoa  for  genuinamente  salva,  perseverará na fé até ao fim (Filipenses 1:6, Romanos 8:31-39, João 2:19-20).
Por fim, a salvação também possui um resultado futuro, o que é chamado na Bíblia de glorificação (Romanos 8:17), que é quando seremos completamente libertos do nosso pecado ao receberemos um corpo transformado e ressuscitado (1 Coríntios 15:22,23; 51,52).

Desta forma rejeitamos:
Qualquer doutrina de salvação por mérito humano, como nas seitas e
todas as demais religiões.
O universalismo, que ensina que todos os homens serão salvos.
O ensino de que a salvação é uma obra conjunta de Deus e do homem.
A crença na perda de salvação.

Perguntas
1. De quem parte a iniciativa da salvação?
2. O que é necessário para alguém ser salvo?
3. Quais são alguns resultados da salvação?

4. Qual é o papel do Espírito Santo na nossa salvação?

Estudo 8: O Que Cremos Sobre a Salvação

Professor: Pr Antônio Neto
Introdução
 A doutrina  da  salvação  requer que tenhamos compreendido  todas  as  outras  doutrinas vistas até aqui, pois veja:  A Bíblia é a revelação  da  salvação;  Deus é o autor da salvação; a salvação foi comprada por Jesus; o Espírito Santo é quem aplica a salvação; os anjos servem os salvos; o homem é o objeto da salvação; e o pecado é o motivo da salvação.
 Irmãos em Cristo  podem  ter  diferenças  em  muitas  áreas  de  doutrina  e  continuar  em  comunhão.  No ponto do evangelho, porem, não podemos vacilar, pois é  o destino eterno do homem que está em jogo. Neste estudo, portanto, iremos examinar os pontos mais salientes desta doutrina tão fundamental.

O Autor e Consumador da Salvação
 A morte de Jesus foi o ato que garantiu a  nossa salvação.  É  de grande  importância, então, que entendamos exatamente o que foi operado na cruz de Cristo.
 Alguns livros e filmes populares da atualidade ensinam que a morte de  Cristo  foi  um  pagamento feito ao Diabo. Outros afirmam que Cristo morreu para nos dar um bom exemplo, ou que Ele foi um mártir, que teve a coragem de morrer pelas suas convicções.
A Bíblia, porem, mostra claramente e repetidamente que Cristo morreu em substituição pelos pecados dos homens  (Isaías 53:6,  Marcos  10:45). Ou  seja,  na  cruz  Jesus tomou  o  castigo  divino  que  deveria  ter  sido nosso. Da mesma forma, a morte de Jesus foi o pagamento de uma pena (2 Coríntios 5:21). Assim, Jesus morreu em substituição dos pecadores para pagar a pena devida dos seus pecados.  
 Através deste sacrifício, Cristo comprou o pecador da escravidão (redenção, I Coríntios 6:19-20),  restaurou  a  comunhão  do  pecador  com  Deus  (reconciliação,  II  Coríntios  5:19),  e satisfez todas as justas exigências de Deus (propiciação, I João 2:2).
A Aplicação da Salvação
Visto essa maravilhosa obra que foi feita na cruz, como é que tão grande salvação chega a  ser  aplicada  ao  homem  (ou  mulher)  individual? 
 Através  do  nosso  estudo  sobre  os  homens, entendemos  que  o  homem  é totalmente  depravado,  incapaz  de  operar  sua  própria  salvação (Romanos 3:10-12, Efésios 2:1). Portanto, para o homem ser salvo, a iniciativa tem que partir de Deus.
A Bíblia ensina de uma forma clara e consistente que Deus nos escolheu para sermos salvos, mesmo antes de nascermos (II Tessalonicenses 2:13).  Esta eleição foi segundo a sua  vontade soberana  (Efésios  1:11),  baseada  completamente  na  sua graça (Efésios  2:8-9),  e  não  na presciência, ou por causa de algum mérito da nossa parte.
 O homem eleito, então, é chamado por Deus de uma forma irresistível (Romanos 8:30), através  de  uma  apresentação  do  evangelho  (II  Tessalonicenses  2:14),  pelo  poder  do  Espírito Santo (I Tessalonicenses 1:5).
 Esta chamada opera dois efeitos no homem. O primeiro efeito é o arrependimento, ou seja, uma mudança de ideia sobre Cristo e o pecado (Atos 2:38).  Este arrependimento é dom de Deus (II Timóteo 2:25), e não é uma mera resolução, sentimento, ou penitência. Envolve uma mudança de vida, divinamente operada pelo Espírito Santo (Atos 11:18).
 O segundo efeito da chamada de Deus é a fé. A fé é a convicção no testemunho da Palavra de Deus, e confiança na obra completa de Cristo na cruz, que resulta numa mudança de vida (Hebreus 11:1). É por meio da fé que recebemos todos os benefícios da cruz de Cristo (Romanos 5:1; Efésios 2:9,10).  
 A junção destes dois efeitos da chamada de Deus é chamada de conversão, ou seja, é o ato do eleito virar-se do pecado para Cristo (I Tessalonicenses 1:9).


Os Resultados da Salvação
 A salvação que temos em Cristo possui vários resultados. A Bíblia ensina que há três tipos de resultados, sobre os quais, para exemplificar, podemos dizer que fomos salvos (efeitos no momento da fé), estamos sendo salvos (efeitos em uma vida de fé) e seremos salvos (efeitos futuros da fé). Veremos estes três.  
No momento da fé, a Bíblia ensina os seguintes resultados: somos justificados (Romanos 5:1); tornamo-nos cidadãos do Céu (Filipenses 3:20); entramos na família de Deus através do novo nascimento (João 3:5) e da adoção (Gálatas 4:5); recebemos o Espírito Santo que nos guarda (Efésios 1:13,14) e nos insere no corpo de Cristo (1 Coríntios 12:13).
Durante uma vida de fé, o principal efeito da salvação é a santificação. Os salvos progressivamente vão se libertando dos efeitos do pecado, por meio da ação do Espírito Santo em suas vidas (Efésios 4:17-24). Também, a Bíblia  nos dá  a  certeza  de  que,  se  uma  pessoa  for  genuinamente  salva,  perseverará na fé até ao fim (Filipenses 1:6, Romanos 8:31-39, João 2:19-20).
Por fim, a salvação também possui um resultado futuro, o que é chamado na Bíblia de glorificação (Romanos 8:17), que é quando seremos completamente libertos do nosso pecado ao receberemos um corpo transformado e ressuscitado (1 Coríntios 15:22,23; 51,52).

Desta forma rejeitamos:
Qualquer doutrina de salvação por mérito humano, como nas seitas e
todas as demais religiões.
O universalismo, que ensina que todos os homens serão salvos.
O ensino de que a salvação é uma obra conjunta de Deus e do homem.
A crença na perda de salvação.

Perguntas
1. De quem parte a iniciativa da salvação?
2. O que é necessário para alguém ser salvo?
3. Quais são alguns resultados da salvação?

4. Qual é o papel do Espírito Santo na nossa salvação?
Professor: Ir. Adriano

Introdução
Conta-se a história de um homem que, em determinado domingo, foi para a igreja. Voltando pra casa, sua esposa perguntou-lhe: "O pastor pregou sobre o que?”. “O pecado“, respondeu ele. “E o que foi que ele falou sobre o pecado?” insistiu. "Ele é contra."
Mesmo que simples, a resposta sumariza a atitude da Bíblia quanto ao pecado: é contra. Desde o relato do Jardim de Éden, até o final de Apocalipse, as consequências de pecado são claramente vistos nas Sagradas Escrituras.
Cabe a nós, portanto, entendermos o que é o pecado, quais são os seus efeitos, e como combatê-lo.

O que é o pecado?
A palavra "pecado" tem caído em desuso na sociedade moderna. Numa cultura onde não existem valores absolutos, um termo tão definitivo quanto "pecado" não é bem visto. Então ouvimos palavras tais como "escolhas inapropriadas", "falta de educação", ou "ignorância".
Mas a Bíblia é bem direta quanto ao problema principal do homem. As palavras usadas nas línguas originais--tanto no Antigo quanto no Novo Testamento - significam "errar o alvo". Isso traz à mente um flecheiro que não acerta a mira. No caso, a justiça de Deus é o alvo, e todos os homens (e mulheres) já erraram (Romanos 3:23).
Outras palavras usadas são iniquidade (Isaías 59:2), que enfatiza um ato ofensivo a Deus, e transgressão (I João 3:4), que enfatiza que o pecado é uma quebra de alguma lei de Deus. Simplesmente definido, o pecado é qualquer coisa contrária ao caráter de Deus.

A Extensão do Pecado
O pecado teve sua origem no coração de Satanás (veja o estudo sobre anjos), e chegou ao homem através da tentação de Eva no jardim (Gênesis 3:6). Por Adão ser nosso representante e por sermos seus descendentes, todos nós herdamos os efeitos do seu ato pecaminoso (Romanos 5:12). Como bem sumariza nossa confissão: “Sendo Adão e Eva os pais da humanidade e seus representantes, o estado a eles imputado por conta de seu pecado passou para toda a sua descendência por meio de geração comum. Todos os seres humanos, portanto, são naturalmente corrompidos e alienados de Deus como o foram seus primeiros pais.”. (pág. 6)

Os Efeitos do Pecado
Mas quais são estes efeitos nocivos do pecado que herdamos de Adão? Em primeiro lugar, o principal efeito do pecado de Adão foi a morte, física (separação alma e corpo - 1 Cor 15:21), espiritual (separação homem e Deus - Ef 2:1) e eterna (separação eterna homem e Deus - Rom 6:23). Outro efeito do pecado de Adão foi a culpa e a condenação. Os homens são culpados e condenados diante de Deus (Rom 5:18). Em terceiro lugar, o homem nasce com uma natureza pecaminosa, que é uma inclinação natural para o pecado, de tal maneira que certamente o primeiro ato consciente de uma criança é pecaminoso (Efésios 2:1,3)
Estes efeitos do pecado nos leva a crer na depravação total do homem. Isso quer dizer que não existe nenhum aspecto do ser humano (intelecto, emoções, vontade, corpo) que não seja tocado pelo pecado. Quanto a esta corrupção, nossa confissão diz “É desta corrupção humana que procedem todas as transgressões e maldades atuais. Entendemos, assim, que o maior problema do homem é o seu pecado, e que ele necessita da redenção de sua alma para livrar-se de suas transgressões e maldades.”(pag. 6).


Tipos de Pecado
Existem quatro categorias em que nós pecamos e geralmente caminham em pares:

Pecados de Comissão e de Omissão
Pecados de comissão são aqueles que fazemos o que não deveríamos. Por exemplo, quebrar algum dos 10 mandamentos. O pecado é, portanto, um ato externo de violação da Lei de Deus.
Pecado de omissão é não fazer o que deveríamos fazer (Tg 4.17), ou saber o que fazer mas não fazer (Mt 25 41-46). Por exemplo, saber da responsabilidade de ajudar principalmente os irmãos em Cristo e não ajudar.

Pecados de Ação Externa e de Atitude Interna:
Os pecados de ação externa podem estar relacionados com os da categoria anterior, (comissão ou omissão). Estão relacionados com atitudes que deveríamos ter, como alegria ao servir, prazer ao ajudar. São pecados que se expressam de maneira externa em nossas vidas, através de atitude visíveis e externas.
Os pecados de ação interna são aqueles que temos, mas que não deveríamos ter, como inveja, cobiça, desejo, (Mt 5.28). São pecados que se expressam de maneira interna em nossas vidas, através de atitudes invisíveis.

Pecados de ignorância e Rebelião:
Os pecados de ignorância são aqueles que cometemos, mas não estamos cientes. Geralmente, porém, depois descobrimos (1 Tm 1 12-14).
Os pecados de Rebelião são aqueles que não deveríamos fazer, que sabemos que são errados, mas que fazemos ainda assim. Este é mais grave do que o de ignorância, pois mesmo sabendo que é errado, continuamos fazendo e fazendo, rejeitando deliberadamente os caminhos de Deus (Hb 10.26).

Pecados de Consequência Maior e de Consequência Menor
Todos os pecados são iguais diante de Deus, pois são transgressões de sua Lei (Tg 2 10-11). Todavia, existem pecados mais graves do que os outros, cujas as consequências são muito mais sérias, afetam mais pessoas e são cometidos com agravantes.
Pecados de consequência maior são aqueles que possuem maior gravidade. Por exemplo, o caso de adultério (Mt 5.28). O próprio pensamento é pecado, mas a consumação do ato tem muito maior dano. Os pecados têm peso, graduações diferentes de condenação no que diz respeito a importância (Mt 11, 21-24).
Pecados de consequência menor são aqueles que possuem menor gravidade, ou um julgamento mais brando. Por exemplo, apesar de a mentira ser pecado, ela não tem consequências tão sérias quando comparada a um assassinato. É importante, porém, entendermos que os dois são pecados diante de Deus, mas variam quanto às suas consequências.

O Pecado e o Crente
Por conta de seu estado pecaminoso, o homem é incapaz de resolver seu próprio problema. Por isso, Deus tomou a iniciativa de providenciar uma forma de nos redimirmos do nosso pecado. Efésios 2:4-9 nos ensina que Deus enviou o Senhor Jesus para morrer e ressuscitar. Desta forma, quando cremos em Cristo como nosso Salvador, também morremos para o pecado e renascemos com uma nova natureza. E assim, ao aceitarmos Jesus Cristo como Senhor e salvador, nossos pecados--passados, presentes, e futuros--são perdoados (I João 1:9).
Porem, a dura realidade é que continuamos pecando, pois o princípio do pecado continua a atuar no nosso corpo (Romanos 7:21-25). É como Lázaro que foi ressuscitado, mas suas vestes ainda fediam. Recebemos uma nova natureza, mas a velha natureza morta ainda tenta nos fazer pecar (Gálatas 5:17).
O triste fato é que a vida do crente é uma constante luta contra o pecado. Porem, com a habitação do Espirito Santo, o verdadeiro crente deseja agradar a Deus. Como, então devemos lidar com o pecado em nossas vidas? A Bíblia nos orienta a nos afastar dele (Tiago 4:7-10), fugir dele (I Timóteo 6:11) e militar contra ele (I Timóteo 6:12).
E a boa notícia é que não estamos nesta luta a sós. Temos o Espírito Santo para nos guiar (João 16:13), a Bíblia para nos orientar (Salmo 119:9, 11), e outros crentes da igreja para nos encorajar (Gálatas 6:2).

Desta forma rejeitamos
O ensino de que a humanidade necessita de correções econômicas e/ou políticas e/ou sociais como solução. Apenas a redenção pode reverter os efeitos da queda e do pecado.
O ensino marxista ou qualquer outro tipo de utopia que despreza a realidade do pecado e de toda teleologia causada por ele.
O ensino da salvação por meio da realização de boas ações. A corrupção humana e sua alienação de Deus o impedem de realizar obras meritórias diante de Deus.

Perguntas
1. De onde veio o pecado?
2. O que significa a palavra "pecado"?
3. Porque o crente peco?
4. Quais os resultados do pecado do crente?
5. Quais são algumas maneiras práticas para o crente combater o pecado na sua vida?





Estudo 6: O Que Cremos Sobre o Pecado

Professor: Ir. Adriano

Introdução
Conta-se a história de um homem que, em determinado domingo, foi para a igreja. Voltando pra casa, sua esposa perguntou-lhe: "O pastor pregou sobre o que?”. “O pecado“, respondeu ele. “E o que foi que ele falou sobre o pecado?” insistiu. "Ele é contra."
Mesmo que simples, a resposta sumariza a atitude da Bíblia quanto ao pecado: é contra. Desde o relato do Jardim de Éden, até o final de Apocalipse, as consequências de pecado são claramente vistos nas Sagradas Escrituras.
Cabe a nós, portanto, entendermos o que é o pecado, quais são os seus efeitos, e como combatê-lo.

O que é o pecado?
A palavra "pecado" tem caído em desuso na sociedade moderna. Numa cultura onde não existem valores absolutos, um termo tão definitivo quanto "pecado" não é bem visto. Então ouvimos palavras tais como "escolhas inapropriadas", "falta de educação", ou "ignorância".
Mas a Bíblia é bem direta quanto ao problema principal do homem. As palavras usadas nas línguas originais--tanto no Antigo quanto no Novo Testamento - significam "errar o alvo". Isso traz à mente um flecheiro que não acerta a mira. No caso, a justiça de Deus é o alvo, e todos os homens (e mulheres) já erraram (Romanos 3:23).
Outras palavras usadas são iniquidade (Isaías 59:2), que enfatiza um ato ofensivo a Deus, e transgressão (I João 3:4), que enfatiza que o pecado é uma quebra de alguma lei de Deus. Simplesmente definido, o pecado é qualquer coisa contrária ao caráter de Deus.

A Extensão do Pecado
O pecado teve sua origem no coração de Satanás (veja o estudo sobre anjos), e chegou ao homem através da tentação de Eva no jardim (Gênesis 3:6). Por Adão ser nosso representante e por sermos seus descendentes, todos nós herdamos os efeitos do seu ato pecaminoso (Romanos 5:12). Como bem sumariza nossa confissão: “Sendo Adão e Eva os pais da humanidade e seus representantes, o estado a eles imputado por conta de seu pecado passou para toda a sua descendência por meio de geração comum. Todos os seres humanos, portanto, são naturalmente corrompidos e alienados de Deus como o foram seus primeiros pais.”. (pág. 6)

Os Efeitos do Pecado
Mas quais são estes efeitos nocivos do pecado que herdamos de Adão? Em primeiro lugar, o principal efeito do pecado de Adão foi a morte, física (separação alma e corpo - 1 Cor 15:21), espiritual (separação homem e Deus - Ef 2:1) e eterna (separação eterna homem e Deus - Rom 6:23). Outro efeito do pecado de Adão foi a culpa e a condenação. Os homens são culpados e condenados diante de Deus (Rom 5:18). Em terceiro lugar, o homem nasce com uma natureza pecaminosa, que é uma inclinação natural para o pecado, de tal maneira que certamente o primeiro ato consciente de uma criança é pecaminoso (Efésios 2:1,3)
Estes efeitos do pecado nos leva a crer na depravação total do homem. Isso quer dizer que não existe nenhum aspecto do ser humano (intelecto, emoções, vontade, corpo) que não seja tocado pelo pecado. Quanto a esta corrupção, nossa confissão diz “É desta corrupção humana que procedem todas as transgressões e maldades atuais. Entendemos, assim, que o maior problema do homem é o seu pecado, e que ele necessita da redenção de sua alma para livrar-se de suas transgressões e maldades.”(pag. 6).


Tipos de Pecado
Existem quatro categorias em que nós pecamos e geralmente caminham em pares:

Pecados de Comissão e de Omissão
Pecados de comissão são aqueles que fazemos o que não deveríamos. Por exemplo, quebrar algum dos 10 mandamentos. O pecado é, portanto, um ato externo de violação da Lei de Deus.
Pecado de omissão é não fazer o que deveríamos fazer (Tg 4.17), ou saber o que fazer mas não fazer (Mt 25 41-46). Por exemplo, saber da responsabilidade de ajudar principalmente os irmãos em Cristo e não ajudar.

Pecados de Ação Externa e de Atitude Interna:
Os pecados de ação externa podem estar relacionados com os da categoria anterior, (comissão ou omissão). Estão relacionados com atitudes que deveríamos ter, como alegria ao servir, prazer ao ajudar. São pecados que se expressam de maneira externa em nossas vidas, através de atitude visíveis e externas.
Os pecados de ação interna são aqueles que temos, mas que não deveríamos ter, como inveja, cobiça, desejo, (Mt 5.28). São pecados que se expressam de maneira interna em nossas vidas, através de atitudes invisíveis.

Pecados de ignorância e Rebelião:
Os pecados de ignorância são aqueles que cometemos, mas não estamos cientes. Geralmente, porém, depois descobrimos (1 Tm 1 12-14).
Os pecados de Rebelião são aqueles que não deveríamos fazer, que sabemos que são errados, mas que fazemos ainda assim. Este é mais grave do que o de ignorância, pois mesmo sabendo que é errado, continuamos fazendo e fazendo, rejeitando deliberadamente os caminhos de Deus (Hb 10.26).

Pecados de Consequência Maior e de Consequência Menor
Todos os pecados são iguais diante de Deus, pois são transgressões de sua Lei (Tg 2 10-11). Todavia, existem pecados mais graves do que os outros, cujas as consequências são muito mais sérias, afetam mais pessoas e são cometidos com agravantes.
Pecados de consequência maior são aqueles que possuem maior gravidade. Por exemplo, o caso de adultério (Mt 5.28). O próprio pensamento é pecado, mas a consumação do ato tem muito maior dano. Os pecados têm peso, graduações diferentes de condenação no que diz respeito a importância (Mt 11, 21-24).
Pecados de consequência menor são aqueles que possuem menor gravidade, ou um julgamento mais brando. Por exemplo, apesar de a mentira ser pecado, ela não tem consequências tão sérias quando comparada a um assassinato. É importante, porém, entendermos que os dois são pecados diante de Deus, mas variam quanto às suas consequências.

O Pecado e o Crente
Por conta de seu estado pecaminoso, o homem é incapaz de resolver seu próprio problema. Por isso, Deus tomou a iniciativa de providenciar uma forma de nos redimirmos do nosso pecado. Efésios 2:4-9 nos ensina que Deus enviou o Senhor Jesus para morrer e ressuscitar. Desta forma, quando cremos em Cristo como nosso Salvador, também morremos para o pecado e renascemos com uma nova natureza. E assim, ao aceitarmos Jesus Cristo como Senhor e salvador, nossos pecados--passados, presentes, e futuros--são perdoados (I João 1:9).
Porem, a dura realidade é que continuamos pecando, pois o princípio do pecado continua a atuar no nosso corpo (Romanos 7:21-25). É como Lázaro que foi ressuscitado, mas suas vestes ainda fediam. Recebemos uma nova natureza, mas a velha natureza morta ainda tenta nos fazer pecar (Gálatas 5:17).
O triste fato é que a vida do crente é uma constante luta contra o pecado. Porem, com a habitação do Espirito Santo, o verdadeiro crente deseja agradar a Deus. Como, então devemos lidar com o pecado em nossas vidas? A Bíblia nos orienta a nos afastar dele (Tiago 4:7-10), fugir dele (I Timóteo 6:11) e militar contra ele (I Timóteo 6:12).
E a boa notícia é que não estamos nesta luta a sós. Temos o Espírito Santo para nos guiar (João 16:13), a Bíblia para nos orientar (Salmo 119:9, 11), e outros crentes da igreja para nos encorajar (Gálatas 6:2).

Desta forma rejeitamos
O ensino de que a humanidade necessita de correções econômicas e/ou políticas e/ou sociais como solução. Apenas a redenção pode reverter os efeitos da queda e do pecado.
O ensino marxista ou qualquer outro tipo de utopia que despreza a realidade do pecado e de toda teleologia causada por ele.
O ensino da salvação por meio da realização de boas ações. A corrupção humana e sua alienação de Deus o impedem de realizar obras meritórias diante de Deus.

Perguntas
1. De onde veio o pecado?
2. O que significa a palavra "pecado"?
3. Porque o crente peco?
4. Quais os resultados do pecado do crente?
5. Quais são algumas maneiras práticas para o crente combater o pecado na sua vida?





Professor: Pr. Antônio Neto

Introdução
 De vez em quando na cultura geral o assunto de anjos ganha certa popularidade.   Aparecem em filmes, novelas, e inúmeros livros--estes escritos por autores de todo tipo de crença.  Nas artes plásticas, anjos são representados de diversas formas: bebês gordos e nus, mulheres bonitas equipadas com asas, ou homens vestidos de branco, sentados em cima de nuvens, tocando harpas.
 Felizmente, a Bíblia conta inúmeras referências a anjos, e através destas podemos chegar a um entendimento correto e bíblico sobre quem são os anjos, e o que fazem.

Quem São os Anjos
 A Bíblia é clara quanto ao fato de que os anjos são seres criados por Deus (Colossenses 1:16).  Provavelmente foram criados antes dos eventos de Gênesis 1 (Jó 38:6-7). São pessoas com intelecto (I Pedro 1:12), emoções (Lucas 15:10) e vontade (Judas 6). São imortais (Lucas 20:36),  poderosos  (II  Pedro  2:11),  e  inumeráveis (Hebreus  12:22).   Não se casam entre si (Mateus 22:30), e, apesar de não possuírem sexualidade, sempre são referidos no masculino. Os anjos, portanto, não são uma raça, mas uma companhia, ou seja, foram criados individualmente.
 Através de relatos na Bíblia, percebemos certa hierarquia entre os anjos. São classificados como arcanjo (Miguel, I Tessalonicenses 4:16),  querubins  (Gênesis  3:22-24) e serafins (Isaías 6:1-3).
 O nome "anjo" significa mensageiro, e na Bíblia encontramos anjos exercendo esta função (Atos 27:23). Também funcionam como "agentes" de Deus no serviço do crente (Atos 12:7), às vezes o protegendo dos seus inimigos (II Reis 6:15-17).

Os Anjos Maus
 A Bíblia afirma a existência de um grupo de espíritos malignos que atuam sob a liderança de Satanás (Mateus 12:24). Eles são chamados de demônios (Mt 8:31), espíritos imundos (Mt 8:16) ou malignos (Lc 7:21).
 Hoje os demônios se opõem ao Evangelho (Tiago 3:13-16,  I Timóteo 4:1).  Às vezes, uma pessoa descrente pode chegar a ser possuída por um demônio (Atos 5:16).
Importante: Um crente, habitado pelo Espírito Santo, jamais pode ser possuído por um demônio (II Timóteo 1:7).

Satanás
 O nosso grande inimigo, Satanás, foi um ser criado para a glória de Deus.  Por profecias encontradas em Isaías 14 e Ezequiel 28, entendemos que ele servia a Deus numa posição de honra, mas que se rebelou contra seu Criador. 
 Satanás continua sua rebelião contra Deus até hoje, e seu alvo é a criação mais amada por Deus--o ser humano. Antes da conversão de um homem, Satanás cega a mente (II Coríntios 4:4), procura tirar a "semente" da palavra (Lucas 8:12), e se opõe ao Evangelho (Atos 13:4-12).
 E mesmo que uma pessoa se converta, Satanás continua ativo.  Ele tenta o crente (Atos 5:3), o acusa diante de Deus e dele mesmo (Apocalipse 12:10),  impede  os  seus  esforços  (I Tessalonicenses 2:18), e promove perseguição (Apocalipse 2:10).
 Diante disto, o crente deve enfrentar a batalha contra Satanás com sobriedade (I Pedro 5:8), reconhecendo a sua estratégia (II Coríntios 02:11). Não devemos dar lugar ao diabo (Efésios 4:26-27), mas  devemos resisti-lo  (Tiago 4:7), nos  revestindo da  armadura  de  Deus  (Efésios 6:10-18).
 Também devemos lembrar que estamos tratando de um inimigo derrotado pela obra de Cristo na cruz (Genesis 3:15, João 12:31, 16:11).



A Atitude dos Crentes Quanto aos Anjos
 Diante de muita informação enganosa a cerca dos anjos, cabe ao crente ter um pensamento equilibrado, biblicamente informado, neste assunto.
Quanto aos anjos bons devemos agradecer a Deus pelo seu trabalho, mas não desviar o nosso olhar de Cristo. De fato, nenhum anjo que seja servo do Deus vivo vai procurar desviar os nossos olhos de Jesus.
 E devemos reconhecer que uma das táticas do inimigo é de se disfarçar de anjo da luz (II Coríntios 11:14),  para  poder  enganar  o  povo.   Por isso que a Palavra nos adverte que não devemos aceitar outra doutrina, mesmo sendo nos entregue por anjos (Gálatas 1:8).
 A Bíblia, em momento algum, ensina que o crente deve procurar contato com os anjos, sejam bons ou maus.
Quanto aos anjos maus, devemos agir com sobriedade, mas não com temor (II Timóteo 1:7) nem com exagero. Nossa confissão diz o seguinte sobre o exorcismo: “Entendemos que o exorcismo, a prática de expulsar demônios, não deve ser cultivada, pois fazia parte dos sinais que autenticavam os apóstolos” (pag. 8).

Desta forma rejeitamos
A doutrina da Batalha Espiritual, que afirma que tudo de ruim que ocorre sobre o crente é obra demoníaca que precisa ser cancelada.
A ênfase no exorcismo como meio de libertação e santificação. Entendemos que é por meio da Palavra de Deus que somos libertos do pecado e crescemos em santidade.

Perguntas
1. Qual é a origem dos anjos?
2. Qual é a origem de Satanás?
3. Quais são algumas atividades dos anjos bons?
4. Quais são algumas atividades dos demônios?

5. É possível um crente ser possuído por um demônio?

Estudo 7: O Que Cremos sobre os Anjos

Professor: Pr. Antônio Neto

Introdução
 De vez em quando na cultura geral o assunto de anjos ganha certa popularidade.   Aparecem em filmes, novelas, e inúmeros livros--estes escritos por autores de todo tipo de crença.  Nas artes plásticas, anjos são representados de diversas formas: bebês gordos e nus, mulheres bonitas equipadas com asas, ou homens vestidos de branco, sentados em cima de nuvens, tocando harpas.
 Felizmente, a Bíblia conta inúmeras referências a anjos, e através destas podemos chegar a um entendimento correto e bíblico sobre quem são os anjos, e o que fazem.

Quem São os Anjos
 A Bíblia é clara quanto ao fato de que os anjos são seres criados por Deus (Colossenses 1:16).  Provavelmente foram criados antes dos eventos de Gênesis 1 (Jó 38:6-7). São pessoas com intelecto (I Pedro 1:12), emoções (Lucas 15:10) e vontade (Judas 6). São imortais (Lucas 20:36),  poderosos  (II  Pedro  2:11),  e  inumeráveis (Hebreus  12:22).   Não se casam entre si (Mateus 22:30), e, apesar de não possuírem sexualidade, sempre são referidos no masculino. Os anjos, portanto, não são uma raça, mas uma companhia, ou seja, foram criados individualmente.
 Através de relatos na Bíblia, percebemos certa hierarquia entre os anjos. São classificados como arcanjo (Miguel, I Tessalonicenses 4:16),  querubins  (Gênesis  3:22-24) e serafins (Isaías 6:1-3).
 O nome "anjo" significa mensageiro, e na Bíblia encontramos anjos exercendo esta função (Atos 27:23). Também funcionam como "agentes" de Deus no serviço do crente (Atos 12:7), às vezes o protegendo dos seus inimigos (II Reis 6:15-17).

Os Anjos Maus
 A Bíblia afirma a existência de um grupo de espíritos malignos que atuam sob a liderança de Satanás (Mateus 12:24). Eles são chamados de demônios (Mt 8:31), espíritos imundos (Mt 8:16) ou malignos (Lc 7:21).
 Hoje os demônios se opõem ao Evangelho (Tiago 3:13-16,  I Timóteo 4:1).  Às vezes, uma pessoa descrente pode chegar a ser possuída por um demônio (Atos 5:16).
Importante: Um crente, habitado pelo Espírito Santo, jamais pode ser possuído por um demônio (II Timóteo 1:7).

Satanás
 O nosso grande inimigo, Satanás, foi um ser criado para a glória de Deus.  Por profecias encontradas em Isaías 14 e Ezequiel 28, entendemos que ele servia a Deus numa posição de honra, mas que se rebelou contra seu Criador. 
 Satanás continua sua rebelião contra Deus até hoje, e seu alvo é a criação mais amada por Deus--o ser humano. Antes da conversão de um homem, Satanás cega a mente (II Coríntios 4:4), procura tirar a "semente" da palavra (Lucas 8:12), e se opõe ao Evangelho (Atos 13:4-12).
 E mesmo que uma pessoa se converta, Satanás continua ativo.  Ele tenta o crente (Atos 5:3), o acusa diante de Deus e dele mesmo (Apocalipse 12:10),  impede  os  seus  esforços  (I Tessalonicenses 2:18), e promove perseguição (Apocalipse 2:10).
 Diante disto, o crente deve enfrentar a batalha contra Satanás com sobriedade (I Pedro 5:8), reconhecendo a sua estratégia (II Coríntios 02:11). Não devemos dar lugar ao diabo (Efésios 4:26-27), mas  devemos resisti-lo  (Tiago 4:7), nos  revestindo da  armadura  de  Deus  (Efésios 6:10-18).
 Também devemos lembrar que estamos tratando de um inimigo derrotado pela obra de Cristo na cruz (Genesis 3:15, João 12:31, 16:11).



A Atitude dos Crentes Quanto aos Anjos
 Diante de muita informação enganosa a cerca dos anjos, cabe ao crente ter um pensamento equilibrado, biblicamente informado, neste assunto.
Quanto aos anjos bons devemos agradecer a Deus pelo seu trabalho, mas não desviar o nosso olhar de Cristo. De fato, nenhum anjo que seja servo do Deus vivo vai procurar desviar os nossos olhos de Jesus.
 E devemos reconhecer que uma das táticas do inimigo é de se disfarçar de anjo da luz (II Coríntios 11:14),  para  poder  enganar  o  povo.   Por isso que a Palavra nos adverte que não devemos aceitar outra doutrina, mesmo sendo nos entregue por anjos (Gálatas 1:8).
 A Bíblia, em momento algum, ensina que o crente deve procurar contato com os anjos, sejam bons ou maus.
Quanto aos anjos maus, devemos agir com sobriedade, mas não com temor (II Timóteo 1:7) nem com exagero. Nossa confissão diz o seguinte sobre o exorcismo: “Entendemos que o exorcismo, a prática de expulsar demônios, não deve ser cultivada, pois fazia parte dos sinais que autenticavam os apóstolos” (pag. 8).

Desta forma rejeitamos
A doutrina da Batalha Espiritual, que afirma que tudo de ruim que ocorre sobre o crente é obra demoníaca que precisa ser cancelada.
A ênfase no exorcismo como meio de libertação e santificação. Entendemos que é por meio da Palavra de Deus que somos libertos do pecado e crescemos em santidade.

Perguntas
1. Qual é a origem dos anjos?
2. Qual é a origem de Satanás?
3. Quais são algumas atividades dos anjos bons?
4. Quais são algumas atividades dos demônios?

5. É possível um crente ser possuído por um demônio?